A Justiça americana negou o pedido da defesa de Britney Spears, 39, para retirar o pai da cantora, Jamie Spears, de um acordo de tutela que dá a ele o controle de questões pessoais e comerciais da cantora.
A decisão não levou em consideração o depoimento de Britney Spears da semana passada, quando a cantora deu um testemunho explosivo sobre o caso, em que criticou duramente seu pai.
A decisão desta quarta (30) está vinculada a um pedido apresentado no ano passado por Samuel Ingham, advogado da artista, para remover o pai dela da tutela. Naquela época, a juíza Brenda Penny já tinha negado suspender Jamie Spears do controle das finanças e vida da filha, embora não tenha descartado futuras petições.
Também na época, a juíza nomeou a empresa Bessemer Trust como curadora conjunta do patrimônio de Britney, como a cantora havia solicitado. Os documentos desta quarta (29), de acordo com a Variety, apontam exclusivamente a aprovação da empresa no acordo, e reitera a decisão da juíza de não remover Jamie Spears da tutela.
A decisão foi anunciada uma semana depois que a cantora deu o testemunho em audiência virtual pedindo o fim da tutela “abusiva”. “Eu só quero minha vida de volta. Já se passaram 13 anos e é suficiente”, disse Spears na ocasião.
Britney Spears disse ainda ao tribunal que deseja ter mais filhos, mas foi impedida de fazê-lo. “Eu tenho um DIU em meu corpo agora que não me deixa ter um bebê e não me deixam ir ao médico para retirá-lo”, afirmou ela. “Eu quero poder me casar e ter um filho. Disseram-me com a tutela que eu não era capaz de me casar e ter um filho”.
As finanças e assuntos pessoais da cantora são administrados em grande parte por Jamie Spears desde sua crise nervosa pública há mais de uma década, o que levou seus fãs a criar nos últimos anos a campanha online #FreeBritney (Libertem Britney).
Os fãs permanecem atentos às contas da artista nas redes sociais em busca de sinais sobre seu estado e de informações sobre a tutela.
Documentos judiciais confidenciais publicados na semana passada pelo jornal The New York Times afirmam que Spears disse a um investigador do tribunal que a tutela se tornou “uma ferramenta opressiva e controladora contra ela” desde 2016.
A controvérsia sobre o caso legal de Britney Spears ganhou um novo capítulo com o lançamento em fevereiro do documentário “Framing Britney Spears“, que relata o processo de seu colapso emocional e da nomeação de seu pai como tutor.
Após o divórcio de Kevin Federline em 2006 e de perder a custódia dos filhos no ano seguinte, paparazzis a perseguiram em vários momentos. Sob a tutela do pai, Britney Spears lançou três álbuns, participou de programas de televisão e aceitou uma residência em Las Vegas.
Mas em janeiro de 2019 ela anunciou a suspensão dos shows por tempo indeterminado.