Item essencial no prato do brasileiro, a carne vermelha deve continuar pesando no bolso dos consumidores. De acordo com o Sindicato do Comércio Varejista de Carnes Frescas no Estado de Goiás (Sindiaçougue), o preço da carne bovina – que apresenta um tendência de alta desde 2019 – não tem previsão de queda a curto e médio prazo. Pelo contrário. Conforme a entidade, a carne só não deve ficar ainda mais cara por causa do atual baixo consumo do alimento.
Segundo consultoria LCA, a projeção de aumento do preço de proteínas em 2021 está acima da inflação oficial (IPCA). A maior alta é a da carne de boi (17,6%), seguida pela de porco (15,1%) e de frango (11,8%). Ao Mais Goiás, o presidente do Sindiaçougue, Silvio Carlos Yassunaga, explica que vários fatores influenciam no preço salgado das carnes, como o grande índice de exportações do produto.
“A oferta está menor e está se exportando muito. Quando a gente exporta, estamos falando em dólar. Então o dólar alto também pressiona os preços aqui”, pontua. Conforme cotação da tarde desta terça-feira (20), R$ 1 é igual a R$ 5,22.
Yassunaga esclarece que o alto preço dos insumos para animais, como ração, farelo de soja e milho é outro fator que impacta diretamente no valor que chega aos consumidores. O presidente destaca que se não fosse o consumo baixo de carne registrado nos últimos meses, em função dos aumentos constantes, “a carne estaria subindo mais ainda”. “Só não estão subindo porque as vendas caíram bastante”, conclui.