Nota técnica elaborada pelo Ministério da Saúde nesta quinta-feira (22) diz que mulheres grávidas ou no puerpério que receberam a primeira dose do imunizante Astrazeneca contra a Covid-19 deverão ser vacinadas com uma dose da Pfizer ou, na falta dela, da Coronavac.
O texto foi elaborado pela Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19, e é assinado pela secretária Rosana Leite de Melo.
A nota técnica nº6/2021, subsidiada por discussão feita anteriormente pela Câmara Técnica em Imunização e Doenças Transmissíveis da pasta, trata da intercambialidade de vacinas para Covid-19, ou seja, da possibilidade de utilizar vacinas diferentes na primeira e na segunda doses.
“Às mulheres que receberam a primeira dose da vacina AstraZeneca/Fiocruz e que estejam gestantes ou no puerpério (até 45 dias pós-parto) no momento de receber a segunda dose da vacina deverá ser ofertada, preferencialmente, a vacina Pfizer/Wyeth. Caso este imunizante não esteja disponível na localidade, poderá ser utilizada a vacina Sinovac/Butantan“, diz a nota.
O texto diz que a intercambialidade não é recomendada, mas que uma vacina contra a Covid-19 de outro fabricante pode ser aplicada em situações de exceção, seja por contraindicações específicas ou por ausência de um imunizante (como no caso, por exemplo, de alguém que recebeu fora do Brasil uma dose que não exista no país).
“Os indivíduos que receberem vacina no esquema de intercambialidade deverão ser orientados a respeito das limitações referentes aos dados existentes e do perfil de risco benefício”, diz a nota.
O uso da vacina da Astrazeneca em gestantes e puérperas com comorbidades foi suspenso pelo ministério em maio, após a morte de uma gestante que havia recebido o imunizante no Rio de Janeiro.
O governo de São Paulo autorizou a aplicação de doses da Pfizer para a segunda dose desse grupo na quarta-feira (21).