Um conhecido fazendeiro de Palmeiras de Goiás confessou que matou o adolescente Wanderson Costa Leite, de 17 anos, que estava desaparecido desde o último dia 25 de outubro. Em depoimento, o homem alegou ter cometido o crime após a vítima supostamente furtar um aparelho celular do autor do crime. O corpo do jovem foi encontrado na tarde de quinta-feira (1º), na entrada de uma fazenda em Cezarina.
De acordo com policiais e bombeiros que participaram do resgate, o corpo de Wanderson foi encontrado enterrado a cerca de sete metros de profundidade. Conforme apontam as investigações, o fazendeiro Hélio de Oliveira Júnior e um de seus funcionários usaram uma retroescavadeira para cavar o buraco.
Segundo o delegado Marcos Gomes, adjunto da Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH), o assassinato aconteceu em um galpão pertencente a Hélio. “Após atirar no adolescente, primeiro com um revólver e depois com uma espingarda, ele enrolou o corpo em uma lona, amarrou com cordas, jogou naquele local e depois cobriu toda a área com terra”, descreveu.
A motivação do crime, ainda de acordo com o delegado, seria o desaparecimento de um celular pertencente ao fazendeiro. “O Hélio alega que, após dar carona para Wanderson na saída de um bar em Palmeiras de Goiás, notou a falta de um celular. A partir daí, ele foi para um galpão de sua propriedade juntamente com a vítima. O adolescente desceu do veículo, tirou o celular do bolso e jogou no chão. O fazendeiro teria se irritado e disparado três vezes contra a vítima”.
Adolescente morto em Palmeiras de Goiás: funcionário de fazendeiro pode ter apagado imagens da execução
Além de Hélio Júnior, outras duas pessoas foram presas no domingo (28). Um dos detidos é responsável pelas máquinas pertencentes ao fazendeiro. O outro cuidava das câmeras do galpão. A polícia suspeita que este segundo funcionário apagou as imagens que teriam registrado o assassinato.
O fazendeiro responderá por homicídio e ocultação de cadáver. Já os dois funcionários dele responderão por ocultação de cadáver.
O Mais Goiás não conseguiu localizar a defesa de Hélio Júnior, mas o espaço está aberto para manifestação.