A chuva que caiu na noite da última quinta-feira (27/01) causou transtornos para moradores de Goiânia. Algumas vias ficaram alagadas e teve até motociclista arrastado pela força das águas. Segundo o Centro de Informações Meteorológica e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo), houve um período médio de duas a quatro horas de precipitação. O maior índice pluviométrico foi registrado na região do Setor Universitário (57 mm), seguido pelo Jardim Olinda (51 mm) e no Autódromo (27,4 mm).
André Amorim, que é gerente do Cimehgo, destaca que os volumes registrados não saíram da normalidade esperada para o mês de janeiro. Ele explica o que causa essas chuvas. “Nós a chamamos de chuvas conectivas, que acontecem todo o verão. É uma combinação de uma massa de ar frio que, ao se juntar com o o tempo seco, causa essas tempestades”, destaca.
André afirma que esses episódios podem se repetir na próxima semana devido a chegada de uma nebulosidade sobre Goiás. “A gente alerta que a população deve estar atenta quando esses eventos ocorrerem. A chuva vem de uma vez e com certa intensidade”, destaca.
Amorim afirma que, entretanto, a situação pode ou não se repetir em todo estado. Sendo assim, podem ter áreas que terão grande volumes de chuvas e outras que sequer terão uma gota d’água.
Chuva teve ventos de até 50 km/h, os quais deixaram estragos
André diz que, provavelmente, as rajadas de vento atingiram de 40 a 50 km/h durante o temporal. Os ventos são os principais causadores de quedas de árvores. De acordo com a Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg), até o momento, cinco árvores caíram na capital nos seguintes locais: Rua J-2, no Setor Jaó; Avenida B, na Vila Lucy; Avenida Couto Magalhães, no Jardim Bela Vista; Rua 4, no Setor Central e Rua 240, no Setor Leste Universitário. A maioria delas já foi retirada.
A Defesa Civil emitiu uma nota em que afirma que, desde o início do temporal, foi necessário realizar monitoramento constante. “Três equipes estiveram durante a noite toda levantando e monitorando as áreas de risco e os pontos de alagamentos catalogados pelas Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil, e que na manhã de hoje estarão em campo levantando os possíveis danos, para serem reparados se necessário”, destaca a nota.
O órgão aponta que não houve registros de vítimas, somente de carros estragados por tentarem atravessar os pontos de alagamento. “A orientação da Defesa Civil é que, ao perceber o alagamento ou não conseguir ver o meio-fio, procure um lugar seguro e espere o escoamento da água.”
Situações como essas foram flagradas por diversos leitores, como na Avenida T-9, onde um motociclista chegou a ser arrastado pela força da água.
Mas outros pontos de alagamento foram notados, como na Rua 238, no Vila Nova, Avenida Anhanguera, Avenida Leste-Oeste, Marginal Botafogo e outros lugares. Leitores também afirmam que casas foram atingidas pela força das águas.