Um grupo de vereadores de Goiânia deve pedir, ainda nesta semana, a revogação do novo cálculo do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU). Parlamentares se dizem “enganados” e foram pegos de surpresa com moradores da capital pagando aumentos exorbitantes, que ultrapassam o dobro do valor pago em 2021.
Ao Mais Goiás, o líder do prefeito Rogério Cruz (Republicanos) na Câmara Municipal de Goiânia, Leandro Sena, afirmou que os vereadores estão se reunindo desde a última sexta-feira (28) para buscar uma alternativa para resolver o que chama de ‘problema’.
“Não estamos confortáveis com a situação e com esse aumento. Não foi isso que nós [vereadores] votamos. Os novos cálculos não condizem com o que nos foi apresentado. Acreditávamos que os munícipes seriam beneficiados, mas não foi o que aconteceu”, disse.
Segundo o Leandro Sena, os vereadores votaram um parágrafo no Código Tributário que proibia acréscimo superior a 45% mais inflação (de 10,74%) no novo valor do IPTU. “Aprovamos a medida pelo argumento de justiça social, para ter isenção do ITBI para algumas pessoas, mas os novos cálculos não condizem com o que nos foi apresentado”.
Novo cálculo do IPTU de Goiânia: vereadores dizem que foram ‘enganados’
Em um vídeo publicado nas redes sociais, o líder da base afirma que, juntamente com outros vereadores, têm buscado soluções para revogar o aumento. Ele afirma que os parlamentares podem ter sido enganados.
“Quero deixar bem claro que os cálculos apresentados pela prefeitura no ano passado foram diferentes. De duas uma: tentaram enganar os vereadores ou enganaram a população. Ou os técnicos da prefeitura estão perdidos sem buscar o real impacto diante do novo IPTU de Goiânia”, disse.
O grupo, que é composto pelos vereadores Leandro Sena (Republicanos), Ronilson Reis (Podemos), Edgar Duarte (PMB), Paulo Henrique da Farmácia (PTC) e Pastor Wilson (PMB), deve continuar se reunindo para pedir a revogação total do Código Tributário.
A reportagem entrou em contato com a Secretaria Municipal de Governo (Segov) e foi informada, via assessoria, que a pasta não vai se pronunciar sobre o assunto.