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Varíola dos macacos: Brasil registra quarta morte pela doença
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Publicado em 10/10/2022

O Brasil registrou neste domingo a quarta morte em decorrência da varíola dos macacos. A vítima é um homem, de 21 anos, que tinha comorbidades, o que agravou o quadro da doença. O óbito foi confirmado pela prefeitura da cidade de Pouso Alegre, em Minas Gerais. É a segunda morte no estado, além de dois registros no Rio de Janeiro – o último deles na semana passada.

 

Segundo nota da prefeitura de Pouso Alegre, o paciente estava internado com o vírus monkeypox desde o dia 11 de setembro no Hospital das Clínicas Samuel Libânio. O comunicado diz ainda que há outros três diagnósticos no município além da vítima, com os outros infectados em isolamento domiciliar, além de um possível caso em análise.

 

Embora tenha afirmado que o paciente que morreu tinha comorbidades, a prefeitura não deu mais informações sobre quais eram os problemas de saúde.

 

No final de julho, o Brasil registrou o primeiro óbito relacionado à infecção pelo monkeypox, também em Minas Gerais, na capital Belo Horizonte. Na época, foi também a primeira morte do surto atual da doença fora do continente africano, onde o vírus é endêmico.

 

A vítima era um homem, de 41 anos, que apresentava um quadro de imunossupressão devido às sessões de quimioterapia para tratar um câncer no sistema linfático – um linfoma. Ele estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e morreu devido a um choque séptico, quando a infecção se alastra pelo corpo.

 

Um mês depois, no fim de agosto, o segundo óbito pela doença foi registrado no país, no Rio de Janeiro. O infectado era também um homem, de 33 anos, que era imunodeprimido e apresentava comorbidades. Ele estava internado na cidade de Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense.

 

Na última semana, o estado confirmou a segunda morte pela varíola símia. A vítima, de 31 anos, era moradora da cidade de Mesquita, na Baixada Fluminense, mas estava internada há mais de um mês na capital.

 

Segundo a Secretaria Estadual de Saúde do Rio (SES-RJ), ela também era imunodeprimida e tinha comorbidades. O paciente chegou a receber o antiviral Tecovirimat, o que melhorou parcialmente as lesões. Porém, pouco depois ele sofreu uma parada respiratória e morreu.

 

De acordo com a última atualização do Ministério da Saúde, de sexta-feira, o Brasil tem hoje 8.340 casos confirmados da varíola dos macacos, em todos os estados e no Distrito Federal, além de 4.586 suspeitas em análise. É o segundo país com mais diagnósticos da doença, atrás apenas dos Estados Unidos, com 26.723 contaminados, segundo a plataforma de dados Our World in Data, da Universidade John Hopkins.

 

No mundo, o último relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontava aproximadamente 70 mil diagnósticos e 25 mortes pela doença – ainda sem a inclusão dos dois novos óbitos no Brasil. O ritmo de casos, no entanto, com uma série de países sem registrar novas infecções há mais de 21 dias.

 

Os dados do Our World in Data mostram que a média móvel de novas contaminações chegou ao ápice no meio de agosto, quando eram cerca de 1.075 registros no mundo a cada dia, e caiu para 471 no início de outubro – uma redução de 56%.

 

A queda é, em parte, devido ao avanço da vacinação de grupos específicos considerados em maior risco de exposição ao vírus. Em lugares como o Reino Unido, em que a campanha de imunização teve início ainda em junho, a média móvel de novos casos está no patamar mais baixo desde maio, no começo do surto.

 

No Brasil, a primeira remessa de doses chegou nesse mês. O Ministério da Saúde encomendou 50 mil aplicações por meio de negociação com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), mas apenas 9,8 mil unidades chegaram na primeira leva. As demais são previstas até o fim do ano.

Agência O Globo

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