O júri do caso Valério Luiz, nesta segunda (7), teve como segundo depoimento do dia o do delegado Hellynton Carvalho. Ele explicou à acusação que, por meio de um cálculo de física, é possível aferir que o acusado de executar o radialista, o cabo Ademá Figueiredo, gastaria 7 minutos de moto do açougue de Marcos Vinícius – que cedeu moto e arma – até o local do crime. Para isso, bastaria manter velocidade de “20 e poucos km/h”.
Hellynton afirmou que o acusado foi ao açougue após deixar a casa do jornalista Joel Datena. Ele narrou que Figueiredo saiu da residência de Joel e foi levado até o estabelecimento, “provavelmente em viatura descaracterizada”, onde pegou a moto e esperou para ir à rádio, após ligação de Urbano de Carvalho, que ficou de “olheiro” no local para avisar quando Valério saísse. Esta durou 10 segundos.
Ao chegar no veículo de comunicação onde a vítima trabalhava, ele teria subido pela contramão e, então, efetuado seis disparos, retornado ao açougue e entregado a moto e a arma a Marcos, segundo o delegado. “Na sequência foi embora no automóvel que faria a cobertura dele e voltado para a residência do jornalista Joel Datena.”
Ao assistente de acusação, Valério Filho, que é filho da vítima, o delegado afirmou que Valério Luiz tinha uma vida rotineira.
Ao todo, cinco são os acusados pela morte do radialista Valério Luiz: Maurício Sampaio, Ademá Figueiredo Aguiar Filho, Urbano de Carvalho Malta, Djalma Gomes da Silva e Marcus Vinícius Pereira Xavier. Ele foi morto a tiros em 5 de julho de 2012.
O crime teria ocorrido por críticas constantes do jornalista à diretoria do Atlético Goianiense. Sampaio, que era vice-presidente, é acusado de ser o mandante. Ademá seria o executor, conforme a denúncia.