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São os primeiros nomes da transição: Tebet, Pérsio Arida e André Lara
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Publicado em 08/11/2022

A equipe de transição do  presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)  já tem seus primeiros formalizados. São eles a  senadora Simone Tebet (MDB-MS)  e os economistas  Persio Arida e André Lara Resende .

 

Tebet, que disputou a eleição presidencial e apoio Lula no segundo turno,  participará do grupo na área de desenvolvimento social. Ela se reuniu com o vice-presidente eleito  Geraldo Alckmin (PSB)  nesta terça-feira (8).

 

Um parlamentar já havia sido dado pelo vice-presidente eleito sonda. Durante o encontro, ela disse que ela pode atuar e opinar na área que sugere durante a transição. A senadora afirmou, então, que gostaria de trabalhar com temas ligados à assistência social.

 

A equipe de transição deverá ter até cinco grandes comissões, que serão subdivididas em grupos menores.

 

O setor que trata de economia deve ter quatro nomes principais. Além de Pérsio e André Lara, o economista Guilherme Mello, professor da Unicamp e Ligado ao PT, também fará parte da equipe. O quarto nome ainda está em definição.

 

Pérsio Arida chegou a ser citado entre  os nomes considerados para calcular uma economia . Ele é próximo de Alckmin, vice-presidente eleito e coordenador da transição.

 

O economista é um dos pais do  Plano Real  —medida que acabou com o cenário de hiperinflação nos anos 90, na transição dos governos Itamar Franco (1992-1994) e  Fernando Henrique Cardoso  (1995-2002)— e  votou em Lula no segundo virar .

 

Já o economista André Lara Resende,  outro representante da equipe pai do Real que apoiou Lula , não deve ter carga de gestão. Pode ser indicado para representar o Brasil em organismo internacional, como o Banco Mundial ou o  FMI (Fundo Monetário Internacional) , ou atuar como um formulador de políticas públicas.

 

O vice-presidente eleito  Geraldo Alckmin (PSB)  confirmou na manhã desta terça-feira que Tebet iria coordenar a área da equipe de transição relacionada ao desenvolvimento social.

 

Alckmin e Simone encontraram em um hotel de Brasília, onde acertaram os últimos detalhes dessa área.

 

“[Simone] Integra conosco a transição e vai nos ajudar em um grupo importantíssimo. Sempre digo: nós temos dois desafios grandes, um deles é a economia, eo outro é o social e eles não disputam. Eles são sinérgicos, eles se somam, se complementam, não são excludentes”, afirmou o vice-presidente.

 

“A Simone com a sua experiência e sensibilidade, da força da mulher, vai trabalhar conosco na área do desenvolvimento social, que é uma importantíssima”, completou.

 

Alckmin evitou afirmar que essa designação da senadora significaria que ela vai ocupar o ministério referente ao tema. Elogou Simone, mas afirmou que ele e o Lula tem trabalhado com uma separação entre a equipe que vai integrar o governo de transição.

 

“O presidente Lula tem dito que a transição e o ministério não são […] claro que ela tem expertise, experiência, espírito público para ser ministra de qualquer área, mas não tem relação entre transição e ministério”, afirmou.

 

Após o encontro, Simone Tebet também explica a área de atuação do grupo que vai coordenar a transição. Disse que será responsável, por exemplo, programas de transferência de renda.

 

“Acho que está muito ligado à questão da cidadania, estamos falando aí dos auxílios, do Auxílio Brasil. É óbvio que como estamos falando de 28 temas e temos um tempo muito curto para tratar, não dá para trazer para essa pasta tudo aquilo que a gente entende de desenvolvimento social. Pelo contrário, agora é hora de destrinchar. Quanto mais divisão e mais colaboradores, mais eficientes seremos”.

 

O PSB indicou para a equipe o próprio presidente da sigla, Carlos Siqueira, o prefeito de Recife, João Campos, e o ex-governador de São Paulo  Márcio França . O objetivo foi contemplar dois estados em que o PSB tem força.

 

França também é cotado para algum ocupado ministério de Lula. São como opções a pasta de Ciência e Tecnologia, Desenvolvimento Indústria e Comércio, além de Cidades.

 

No desenho já definido da transição, a  socióloga Rosângela da Silva, a Janja , esposa do petista, atuará na organização da cerimônia de posse.

 

Aloizio Mercadante deve coordenar esses núcleos de discussão temática. A deputada  Gleisi Hoffmann  (PT-PR) deverá coordenar como relações institucionais da transição

 

Lula  deve ir a Brasília na noite desta terça (8) , onde se reunirá com o  presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Rosa Weber,  o presidente da Câmara,  Arthur Lira , e o presidente do Senado,  Rodrigo Pacheco .

 

O périplo serviria como demonstração de respeito às instituições.

FolhaPress

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