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Alunos do IFG de Trindade denunciam professores por assédio contra meninas de 14 a 17 anos
Últimas Notícias
Publicado em 21/11/2022

Estudantes do Instituto Federal Goiano (IFG) do Campus Trindade criaram um perfil no Instagram para denunciar três professores por assédio moral e sexual. Conforme os relatos, professores de matemática, filosofia e circuitos são acusados de acariciar braços, roçar em seios e tentar manter relacionamentos com alunas de idades entre 14 e 17 anos de idade.

 

Os alunos optaram por manter suas identidades em anonimato, por medo de represálias. Mas em uma das publicações, explanaram frases ditas pelo professor de filosofia durante as aulas. Docente foi apelidado de “dinossauro”, por ser mais velho e antigo no campus.

 

“Ginecologista é o único que pode ver e não pode comer”, “Não senta assim não, eu fico louco”, “Tá revoltadinho por que? Foi estuprado?”, “Toda essa atenção em mim, vai te causar problemas”, teria dito o professor em sala de aula, segundo o post.

 

Com relação ao professor da matéria de circuitos, uma outra publicação enfatiza que ele sempre se comporta de forma amigável para disfarçar a prática de tais assédios. Entretanto, já teria dito em sala de aula que “não daria carona a uma aluna nem se estivesse morrendo em um dilúvio, a não ser que ela fosse bonita”. E também que: “Jamais teria qualquer tipo de contato nas redes sociais com as alunas, a não ser com as mais ‘vulgares'”.

 

O professor de circuito também teria feito frequentes “elogios” as estudantes menores de idade, como “que corpo…”, “assim eu não aguento”, “que isso bebê, linda demais” e “que rostinho inocente”. Uma terceira publicação relata que um professor de matemática teria acariciado o braço de uma aluna para pedir desculpas e, logo depois, roçado nos seios dela.

 

IFG de Trindade

Ainda segundo os estudantes, a diretoria do IF Goiano de Trindade respondeu às denuncias dizendo que estava “colhendo os relatos dos alunos para tomar uma providência”. Entretanto, a resposta não foi bem acolhida pelos estudantes, que alegaram que “campus tolera assédio, mas não tolera atrasos de 15 minutos nas aulas ou que um aluno esteja sem uniforme” e que esperam que algo seja efetivamente feito, além do discurso.

 

O Mais Goiás procurou o IG goiano de Trindade a fim de um posicionamento, mas até o momento da publicação desta reportagem, não obteve resposta.

 

Larissa Feitosa
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