A gráfica Impactus informou ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que a campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) não declarou dívida de R$ 53,6 mil, referente à contratação de serviços para confecção de materiais de campanha. A omissão é ilegal e, se comprovada, pode impedi-lo de disputar eleições futuras.
“Esse valor é extremamente significativo e deveria estar devidamente apresentado à Justiça Eleitoral. Remanescendo, portanto, dívida de campanha não saldada e flagrantemente omitida da prestação de contas”, afirma a defesa da empresa ao ministro Raul Araújo, relator do processo de prestação de contas da chapa de Bolsonaro e seu candidato a vice, Walter Braga Netto (PL).
Segundo a nota fiscal apresentada ao TSE, a campanha bolsonarista encomendou 5 mil adesivos microperfurados no fim de outubro deste ano. O documento aponta ainda o endereço da sede do comitê de campanha do político no Lago Sul, bairro nobre do Distrito Federal.
No entanto, a contratação não consta dos registros de despesas informados ao TSE.
Quanto Bolsonaro declarou ter gasto ao TSE? Com limite de gastos de R$ 133,4 milhões, a campanha de Bolsonaro declarou ter tido despesas de R$ 89 milhões na corrida eleitoral. Desse total, R$ 12,5 milhões foram com serviços gráficos.
A maior parte dos recursos foi investida em impulsionamento de conteúdos na internet (R$ 33 milhões). Só o Google recebeu R$ 27,8 milhões durante a campanha.
Goiânia, GO