Pré-candidata à prefeitura de Goiânia, a deputada federal delegada Adriana Accorsi reuniu-se com representantes do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia em Goiás – CREA-GO esta segunda-feira (17/5). Ela respondeu a questões sobre destinação do lixo, usina de reciclagem, aterro sanitário, Comurg, drenagem urbana, meio ambiente, saúde, educação, educação ambiental e acessibilidade, entre outras, formuladas por diretores e assessores técnicos da entidade classista.
Na mesa com a pré-candidata, estavam o presidente da entidade, Lamartine Moreira Junior, e a diretora administrativa, Juliana Matos de Sousa. Acompanharam a parlamentar, os integrantes do comitê de elaboração do plano de governo, professor Gerson Neto, que é especialista em Planejamento Urbano e Ambiental da Associação para Recuperação e Conservação do Ambiente – Arca, e o presidente do Sindicato dos Engenheiros de Goiás Gerson Teruliano. Também participaram do encontro o superintendente do Ibama em Goiás, Nelson Galvão, e o coordenador administrativo da pré-campanha, e ex-deputado Luis César Bueno.
O encontro reforçou o compromisso de Adriana Accorsi de estar sempre próxima da população e dos setores representativos e classistas, ouvindo suas demandas e buscando soluções para Goiânia. Accorsi se posicionou como uma candidata comprometida com o planejamento urbano e o desenvolvimento sustentável, consolidando sua imagem como uma líder acessível e preocupada com o futuro da cidade.
Ela anunciou que, se for prefeita, a Secretaria Municipal de Planejamnete Urbano e Habitação será ocupada por um nome técnico. “É o primeiro lugar que nós precisamos ter gente com conhecimento técnico, credibilidade, acesso à sociedade, à ciência e aos conhecimentos”, enfatizou. Segundo Accorsi, o planejamento é imprescindível na administração pública, ainda mais no momento de graves desafios, como as mudanças climáticas, o crescimento desordenado da cidade, desemprego e desigualdade. Também chemou atenção para a necessidade de reformulação na fiscalização da cidade, que segundo ela, necessita de concurso público para ter mais profissionais atuando. “Precisamos ter seriedade com isso, combater a corrupção e modernizar todo os processos, inclusive de licenciamento. As pessoas estão desistindo de fazer licenciamento em Goiânia para obras e empreendimentos porque é mais fácil em outras cidade da Região Metropolitana.
Preocupada com o problema da drenagem urbana, Accorsi observou que o momento é de alerta porque a tragédia das enxentes no Rio Grande do Sul foi um sinal. “Conheço Plano Diretor de Drenagem Urbana (PDDU), que está sendo elaborado pela Universidade Federal de Goiás, e considero ele imprescindível e de grande conhecimento científico, sendo o mínimo que nós precisamos seguir. Sabemos da contribuição científica da UFG, da qual sou egressa com muito orgulho, inclusive na pandemia, a UFG foi de referência internacional. São medidas de drenagem possíveis de pouco investimento, que precisam ser realizadas”, enfatizou.
A pré-candidata propôs que o CREA-GO e a UFG elaborem um termo de compromisso com os pré-candidatos para que os candidatos assumam a responsabilidade de implementar as medidas de drenagem urbana necessárias para salvar a vida das pessoas na capital. “Lembrar daquela menina que foi levada pelas águas das mãos da mãe, aquela garotinha de 5 anos, isso não pode acontecer, isso é desumano”, lamentou ela.
Segundo ela, a cidade tem toda condição de tomar essas medidas e no mundo todo evoluem rapidamente as pesquisas, com conceitos como o cidade esponja, com locais de escoamento em todas as regiões, estímulo a áreas verdes, praças e parques. “Eu defendo que o PDDU seja aplicado, em parceria com a Universidade, com o CREA-GO, imediatamente, só sinto muito de que isso só seja feito ano que vem. Precisava começar agora e digo isso, inclusive, pelas 500 famílias do Residencial Emanuelle que eu estive lá e elas estarão em risco nas primeiras chuvas”, alertou.
Também foram abordados os problemas da coleta do lixo, do aterro sanitário e da Comurg, que vive uma crise sem precedentes. Segundo Adriana Accorsi, a Prefeitura de Goiânia não se preparou e não planejou como lidar com a questão do aterro sanitário e o objetivo dela, além de reduzir a produção de lixo com campanhas educativas, fazendo reciclagem e criando usinas de reciclagem, é fazer um plano de readequação do Aterro Sanitário de Goiânia, inclusive com parcerias público-privadas, para sair da situação de ilegalidade atual.
Adriana foi enfática ao declarar que uma gestão que está tendo problemas de acusação de corrupção, na Comurg específicamente, não pode ter o direito de liquidá-la. “Isso tem que ser discutido com a sociedade, com o Tribunal de Contas do Município. Precisamos garantir o emprego daquelas pessoas, que por tantos anos se dedicaram a limpar a nossa cidade. Um trabalho tão pesado e importante que, quando tem uma crise, a gente vê a falta que faz”. Segundo ela, também não é possível pensar em privatizar, sem que isso seja muito bem discutido. “Precisa ter muita seriedade e planejamento e é isso que nós faremos”, observou.
Um estudo com o levantamento sobre os prédios da capital foi entregue á pré-candidata pelo presidente do CREA-GO. “Hoje vários municípios têm essa legislação própria, mas não conseguimos avançar com os nossos projetos. Sempre tem uma dificuldade aqui, outra dificuldade lá. Não desistimos, porque nós entendemos que é para preservar vidas. O empreendimento é vivo e se não for tomado cuidado, ele apresenta problemas de infiltração, problemas de saúde, problemas de energia”, relatou Lamartine Moreira Júnior. Ela assumiu o compromisso de implementar a Lei Municipal de Inspeção Predial, uma reivindicação da classe.
“Estou aqui não só para conversar com vocês sobre os nossos sonhos, mas das nossas preocupações e considero a fiscalização fundamental para a vida das pessoas. Esse estudo é algo que vai ensinar a Prefeitura. É nesse sentido que eu considero tão importante a colaboração, a parceria da gestão pública com a sociedade civil, com as entidades, com todos os setores da sociedade. E penso que Goiânia hoje precisa disso. Precisa muito mais do que questões ideológicas, questões políticas. Precisa de uma união de esforços para cuidar dessa cidade, para retomar o desenvolvimento, para garantir emprego e renda, com qualidade de vida, com oportunidades. Sempre foi uma cidade bonita, acolhedora, onde as pessoas se sentem bem. É obrigação das autoridades serem as lideranças dessa união de todas as pessoas que amam a cidade. Muito obrigada, espero vir aqui muitas vezes ainda, ainda mais como prefeita”,concluiu.