Silvinei Vasques, ex-chefe da Polícia Rodoviária Federal (PRF) durante o governo Bolsonaro, encontra-se detido na mesma ala do complexo penitenciário da Papuda, em Brasília, onde está Élcio Franco, ex-policial militar do Rio de Janeiro. Élcio firmou um acordo de delação premiada, confessando sua participação no assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes em 2018.
Ambos estão alojados no bloco 5 do Centro de Internamento e Reeducação (CIR), uma área destinada a ex-policiais e presos provisórios que têm direito a tratamento especial. Embora ocupem celas separadas, compartilham o mesmo corredor, o que lhes permite tomar banho de sol simultaneamente.
Élcio foi transferido para a Papuda em julho de 2023, após fechar o acordo de colaboração com a Polícia Federal. Anteriormente, estava na Penitenciária Federal de Brasília, próxima à Papuda. Em sua delação, Élcio admitiu ter sido o motorista do veículo utilizado no ataque contra Marielle e confirmou que os disparos que vitimaram a vereadora foram efetuados por Ronnie Lessa.
Silvinei Vasques: Detido sob suspeita de interferir na PRF durante as eleições de 2022, Silvinei Vasques enfrenta acusações relacionadas a operações atípicas da PRF no dia da votação, que teriam sido direcionadas para influenciar o deslocamento de eleitores.
Élcio Franco: Ele admitiu seu envolvimento direto no assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes, um caso que chocou o Brasil e gerou ampla repercussão internacional. Sua colaboração com a Justiça tem sido crucial para o andamento das investigações sobre o crime.
O bloco 5 do CIR é uma área específica que oferece certas condições diferenciadas para os detentos, como o direito ao tratamento especial devido à natureza de suas funções anteriores como policiais. A proximidade entre Vasques e Franco permite uma interação limitada, como o compartilhamento do horário de banho de sol, mas mantém as celas separadas para segurança e controle.
A detenção de figuras proeminentes como Silvinei Vasques e Élcio Franco na Papuda destaca a complexidade dos casos que envolvem altos escalões das forças de segurança e as implicações de suas ações na política e na justiça brasileira.