Procurada pela Polícia Civil de Goiás por suspeita de movimentar cerca de R$ 3 milhões com tráfico de drogas e de ter envolvimento com a morte de João Vitor Menez, de 22 anos, e da filha dele, Zayra Carvalho, de dois anos, a goiana Paolla Bastos Neiva disse ao Mais Goiás, por meio de advogado, que está disposta a depor e colaborar com o inquérito, desde que seja por videoconferência.
Segundo o advogado Welder Miranda, Paolla ainda não se apresentou porque aguarda o julgamento de um habeas corpus que foi impetrado na Justiça do Mato Grosso (estado onde também há um mandado contra ela).
“Os fatos trazidos são inverídicos. Paolla não foi ao Mato Grosso matar nenhuma das vítimas, e tampouco deu ordem para consumação do fato”, diz o advogado. “Paolla não conhecia as vítimas e nunca teve qualquer desavença com elas. Não existe uma filmagem do crime, uma interceptação em desfavor de Paolla ou mensagem dando ordem para que as vítimas fosse mortas, pagamento ou promessa de pagamento para que o crime fosse consumado”, completa a defesa.
Welder diz também que durante a instrução processual, será demonstrada a inocência de Paolla. “Ela está sendo vítima de perseguição por ser empresária, bem-sucedida financeiramente”.
Chefes do tráfico
De acordo com a Delegacia Estadual de Repressão aos Narcóticos (Denarc), Paolla e o companheiro dela, Valter Esteves de Bessa Júnior, são chefes do tráfico em algumas regiões de Goiânia. Eles teriam movimentado R$ 3 milhões em 90 dias. A polícia acredita que os dois estão morando em uma comunidade no Rio de Janeiro, onde estariam sendo protegidos por integrantes de uma facção criminosa.
Essa semana, a Polícia Civil de Goiás conseguiu bloquear R$ 1,5 milhão em contas e bens do casal.