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Caso Joias: Em nota, Wassef isenta Bolsonaro e Mauro Cid de compra de Rolex
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Publicado em 05/07/2024

Frederick Wassef, advogado e aliado de Jair Bolsonaro, declarou nesta quinta-feira (4) que a compra do relógio Rolex cravejado de diamantes não foi feita a pedido do ex-presidente ou do ex-ajudante de ordens, Mauro Cesar Barbosa Cid. Segundo Wassef, a aquisição foi solicitada por Fábio Wajngarten, também advogado e atual assessor pessoal de Bolsonaro. As declarações de Wassef vêm após seu indiciamento no relatório da Polícia Federal (PF) que investiga o caso das joias sauditas.

 

 

O relatório de indiciamento, divulgado nesta quinta-feira, marca o fim da etapa de investigação e detalha as conclusões da corporação sobre os crimes cometidos. A PF acusa Bolsonaro e seu círculo próximo de peculato, associação criminosa e lavagem de dinheiro. A investigação apurou um suposto esquema internacional de venda de joias e bens de alto valor que Bolsonaro teria recebido durante agendas oficiais, e que deveriam ser bens do governo.

 

Na nota, Wassef reafirmou que comprou o Rolex com seus próprios recursos com o objetivo de devolver o objeto ao erário brasileiro. “Eu estava em viagem nos Estados Unidos por quase um mês e apenas pratiquei um único ato, que foi a compra do Rolex com meus próprios recursos, para devolver ao governo federal. Entreguei espontaneamente à Polícia Federal todos os documentos que provam isto”, disse o advogado.

 

 

Ele também alegou que o indiciamento é resultado de uma perseguição política devido à sua aliança com Bolsonaro e afirmou que ainda não teve acesso à íntegra da investigação, uma queixa compartilhada pelas bancas de defesa dos demais investigados. “Estou passando por tudo isto apenas por exercer advocacia em defesa de Jair Bolsonaro”, concluiu Wassef.

 

Os quatro citados — Bolsonaro, Mauro Cid, Wajngarten e Wassef — estão entre as onze pessoas indiciadas pela PF no caso das joias sauditas.

 

 

Leia a nota na íntegra:

 

“Como advogado de Jair Messias Bolsonaro, venho a público reafirmar que não foi Jair Bolsonaro e nem o Coronel Cid quem me pediram para comprar o Rolex. Eu estava em viagem nos Estados Unidos por quase um mês e apenas pratiquei um único ato, que foi a compra do Rolex com meus próprios recursos, para devolver ao governo federal. Entreguei espontaneamente à Polícia Federal todos os documentos que provam isto. Nem eu e nem os demais advogados do ex-presidente tivemos acesso ao relatório final, o que choca a todos, o vazamento à imprensa de peças processuais que estão em segredo de justiça. Estou passando por tudo isto apenas por exercer advocacia em defesa de Jair Bolsonaro.”

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