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Inquérito das Joias: Declarações de Wassef coincidem com as de Mauro Cid
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Publicado em 06/07/2024

Indiciado pela Polícia  Federal (PF) no inquérito das joias sauditas, o advogado Fabio Wajngarten foi mencionado por Mauro Cid no depoimento que o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro prestou aos investigadores. O militar afirmou que Wajngarten, também assessor de comunicação de Bolsonaro, esteve nos Estados Unidos em março de 2023, enquanto o ex-presidente ainda estava de férias em Orlando. A informação foi divulgada pelo site Metrópoles.

 

Segundo Cid, Wajngarten viajou para buscar uma procuração pessoalmente após a Polícia  Federal recusar a primeira, que indicava o advogado Paulo Bueno para a defesa de Bolsonaro. Embora Cid tenha mencionado a presença de Wajngarten nos EUA, ele declarou não saber qual foi a participação específica de Wajngarten no caso. Ele destacou que seu contato durante a recompra das joias foi com o advogado Frederico Wassef e Osmar Crivellati, então segurança de Bolsonaro. Cid afirmou que Wassef foi responsável por recomprar as joias vendidas nos Estados Unidos e entregá-las a ele no Brasil, que as fez chegar até Bolsonaro.

 

 

As declarações de Wassef coincidem com as de Cid. Em nota, Wassef confirmou que comprou o Rolex com seus próprios recursos, com o objetivo de devolver o objeto ao erário brasileiro. “Eu estava em viagem nos Estados Unidos por quase um mês e apenas pratiquei um único ato, que foi a compra do Rolex com meus próprios recursos, para devolver ao governo federal. Entreguei espontaneamente à Polícia  Federal todos os documentos que provam isto”, disse Wassef.

 

Aliados de Wajngarten confirmaram que ele esteve nos Estados Unidos em março de 2023 para pegar uma procuração de Bolsonaro. A viagem teve como objetivo constituir a defesa do ex-presidente no caso das joias.

 

 

Fabio Wajngarten foi uma das 12 pessoas indiciadas pela Polícia  Federal no inquérito das joias. O advogado e assessor foi indiciado pelos crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa.

 

Pelas redes sociais, Wajngarten afirmou que seu indiciamento pela PF se baseia em uma “afronta legal” e que foi indiciado por cumprir suas prerrogativas de advogado. “O meu indiciamento pela Polícia  Federal se baseia na seguinte afronta legal: advogado, fui indiciado porque no exercício de minhas prerrogativas, defendi um cliente, sendo que em toda a investigação não há qualquer prova contra mim. Sendo específico: fui indiciado pela razão bizarra de ter cumprido a Lei!”, disse o advogado.

 

Wajngarten argumentou que sua orientação advocatícia foi a de que os presentes recebidos por Bolsonaro “fossem imediatamente retornados à posse” do Tribunal de Contas da União (TCU). “E conselho jurídico não é crime”, sustenta. “Minha sugestão foi acolhida e os presentes entregues imediatamente e integralmente recolhidos ao TCU. Como está cabalmente comprovado, inclusive pela própria PF, só tomei conhecimento do fato após ser noticiado pela imprensa e agi com integridade profissional. Fui indiciado, como está provado, por cumprir a Lei!”, reforçou.

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