O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados vai ouvir nesta terça-feira (9), às 14h, a primeira testemunha do processo que pede a cassação do deputado federal Chiquinho Brazão (Sem partido-RJ). Brazão está preso desde março, acusado de ser o mandante do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e de seu motorista Anderson Gomes, ocorrido no Rio de Janeiro em 2018.
A primeira testemunha a ser ouvida é o deputado Tarcísio Motta (PSOL-RJ), indicado pela deputada Jack Rocha (PT-ES), relatora da Representação 4/24, na qual o PSOL solicita a cassação de Brazão por quebra do decoro parlamentar. A reunião acontecerá no Plenário 11.
Outras oito testemunhas, indicadas por Brazão, também serão ouvidas no processo. O deputado já foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que o acusa de ser o autor intelectual do crime, supostamente motivado pelo desejo de interromper a ascensão política de Marielle Franco, então colega de Brazão na Câmara Municipal do Rio de Janeiro.
Brazão alega que os debates que teve com Marielle na Câmara do Rio não são motivos suficientes para acusá-lo de homicídio. Seu advogado, Cleber Lopes, argumenta que os episódios relatados nas acusações ocorreram antes do atual mandato de Brazão, o que, segundo ele, não deveria ser passível de punição sob o Código de Ética da Câmara dos Deputados.