Na noite desta quinta-feira (29/8), o bilionário Elon Musk voltou a se manifestar contra as ações do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após a decisão de bloquear as contas da Starlink Holding no Brasil. O bloqueio foi decretado em resposta à ausência de um representante legal da rede social X (antigo Twitter) no país, mas, segundo Musk, a medida atinge injustamente outras empresas e acionistas.
Em publicação no X, Musk destacou que a SpaceX, empresa responsável por operar a Starlink, possui acionistas distintos e que ele próprio detém apenas 40% da companhia. “SpaceX e X são duas empresas completamente diferentes com acionistas diferentes. Essa ação absolutamente ilegal do ditador Alexandre pune indevidamente outros acionistas e o povo do Brasil”, escreveu Musk.
O empresário afirmou que a decisão de bloquear as contas da Starlink prejudica não apenas os investidores, mas também o Brasil, especialmente em regiões onde o serviço de internet via satélite oferecido pela empresa é crucial.
O ministro Alexandre de Moraes concluiu que Elon Musk lidera um “grupo econômico de fato”, o que justificaria o bloqueio de todos os ativos financeiros de suas empresas no Brasil. A medida visa garantir o pagamento de multas aplicadas à rede social X por desobediência a ordens judiciais, como a remoção de conteúdos que violam a legislação brasileira.
De acordo com informações do site Metrópoles, a Starlink Holding, que opera no Brasil oferecendo serviços de internet via satélite, teve suas finanças congeladas após a decisão do STF. Os gestores da Starlink no Brasil foram notificados e convocados a responder pelos valores devidos à Justiça.
O conflito entre Musk e Moraes se intensificou quando o empresário decidiu fechar o escritório da X no Brasil, alegando discordar das multas e das exigências para a remoção de conteúdos na plataforma. Com o fechamento do escritório, Moraes passou a exigir que Musk nomeasse um representante legal no país para responder oficialmente pelas ações da rede social.