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Forças Armadas alertaram sobre riscos em caso de rompimento com Starlink antes de bloqueio judicial de Moraes
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Publicado em 02/09/2024

Uma carta confidencial do Ministério da Defesa, datada de junho deste ano, revela que as Forças Armadas brasileiras já demonstravam grande preocupação com a possibilidade de interrupção dos serviços prestados pela Starlink, empresa de Elon Musk. O documento, redigido antes do recente bloqueio das contas da Starlink no Brasil, determinado pelo ministro Alexandre de Moraes, do  Supremo Tribunal Federal (STF), destaca o risco significativo que a falta desses serviços representaria para operações militares estratégicas.

 

Capacidades Cruciais para a Defesa Nacional

 

 

No documento, as Forças Armadas enfatizam que os serviços de internet via satélite fornecidos pela Starlink são essenciais para a operação eficiente de tropas especializadas em áreas remotas. As características da Starlink — como alta confiabilidade, rapidez na instalação, e cobertura de grandes distâncias com mínima interferência — são apontadas como fundamentais para garantir a prontidão estratégica e a segurança das operações em todo o território nacional.

 

A Marinha do Brasil, por exemplo, alertou que uma interrupção súbita nos serviços de internet fornecidos pela Starlink poderia resultar em uma “degradação da capacidade de informações meteorológicas e logísticas”, impactando negativamente operações de resgate e salvamento, além de comprometer a segurança da navegação. A busca por alternativas a esses serviços, segundo o documento, seria não apenas onerosa, mas também ineficaz, diante da qualidade superior oferecida pela Starlink.

 

Preocupações no Contexto do Bloqueio Judicial

 

Embora a carta do Ministério da Defesa tenha sido emitida antes do bloqueio judicial, as preocupações levantadas pelas Forças Armadas ganham ainda mais relevância diante da decisão de Moraes. O bloqueio das contas da Starlink no Brasil foi parte de uma medida judicial contra a rede social X (antigo Twitter), também controlada por Elon Musk. No entanto, a decisão afetou diretamente a operação da Starlink, que, apesar de ser controlada pelo mesmo grupo econômico, possui uma função totalmente distinta e vital para a infraestrutura de defesa do país.

 

 

Posicionamento das Forças Armadas no Congresso

 

A preocupação das Forças Armadas foi formalmente levada ao Ministério da Defesa e posteriormente encaminhada à Câmara dos Deputados em resposta a um requerimento de informação apresentado pelo deputado Coronel Meira (PL/PE). O parlamentar questionou o impacto de um possível rompimento dos contratos com a Starlink sobre a segurança nacional e a operacionalidade das Forças Armadas.

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