A advogada e influenciadora digital Deolane Bezerra, de 36 anos, alvos de uma investigação que envolve as casas de apostas Esportes da Sorte e Vai de Bet, além do jogo do bicho, está presa na Colônia Penal Feminina de Buíque (CPFB), na região do Agreste de Pernambuco, mesma penitenciária onde estão as “Canibais de Garanhuns”, também conhecidos como canibais dos salgadinhos. A dupla ficou conhecida por matar e vender carne humana dentro de salgados na cidade.
Deolane está em uma cela reservada “para resguardar a sua integridade física”. Ela teve a prisão domiciliar revogada nesta terça-feira, após se pronunciar publicamente sobre o caso por meio de redes sociais, imprensa e outros meios de comunicação, ato que ficava proibido pelas regras determinadas pelo Tribunal de Justiça do estado.
Apesar de estar em boas condições, o presídio, que pode acolher até 107 presos, está superlotada com pouco mais que o dobro da capacidade. De acordo com dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), atualmente a CPFB tem 228 mulheres presas, sendo quatro delas gestantes.
Quem são as ‘canibais de Garanhuns’?
Em 2012, Jorge Negromonte da Silveira, Isabel Cristina Torreão Pires e Bruna Cristina Oliveira da Silva foram acusadas de matar duas mulheres e manter os corpos das vítimas no quintal da residência em que moravam. Eles usavam a carne humana das vítimas para rechear os salgados que vendiam na cidade.
Os crimes praticados pelo trio, que atraíam as mulheres com ofertas de emprego, só foram descobertos após eles utilizarem o cartão de crédito de uma das vítimas, que tinha sido dada como desaparecida.
Além da venda da carne e consumo próprio da mesma, os três participavam de uma seita, chamada Cartel, que pregava a purificação do mundo e a diminuição populacional. Uma das vítimas era mãe de uma criança de cinco anos que vivia com o trio.
Jorge e Bruna Cristina foram condenados a 71 anos de prisão, enquanto Isabel recebeu pena de 68 anos, em regime fechado.
Isabel e Bruna estão na Colônia Penal Feminina de Buíque, já Jorge Beltrão está na Penitenciária Barreto Campelo, em Itamaracá.