O número de acidentes envolvendo animais peçonhentos no Brasil teve um “notável aumento” em 2023, segundo o Ministério da Saúde. No ano passado, foram 341.806 casos, quantidade 16% maior que em 2022, ocasião em que se registraram 293.702 ocorrências do tipo. Segundo a pasta, quase 10% dos acidentes foram causados por serpentes.
“Os acidentes provocados por serpentes representam uma séria preocupação de saúde pública em muitos países de regiões tropicais e subtropicais, incluindo os países da América Latina”, informa a pasta, que classifica esse como “um problema de saúde pública que afeta principalmente populações economicamente vulneráveis”.
Para isso, o Instituto Butantan produz soros antiveneno de oito tipos, contra picadas de cobras, escorpiões e lagartas, por exemplo, para a picada de animais peçonhentos. Por ano, a estimativa é que 450 mil frascos sejam encaminhados para o Ministério da Saúde, e repassados aos estados após avaliação epidemiológica, segundo o Globo.
Como 95% dos acidentes do tipo acontecem nas pernas ou braços, a pasta da Saúde recomenda as seguintes medidas de prevenção:
Usar calçados fechados, perneiras ou botas de cano alto durante trilhas em matas e atividades rurais;
Ficar atento onde está pisando ou colocando as mãos para se apoiar;
Não mexer em buracos no chão ou em ocos de árvores sem proteção.
Caso um acidente ocorra, as recomendações de primeiros socorros são as seguintes:
Lavar a região da picada com água e sabão;
Manter o local da picada em posição confortável;
Levar a vítima imediatamente para o atendimento médico;
Jamais aplicar qualquer tipo de substância (como álcool, borra de café, vinagre ou urina, por exemplo) ou fazer torniquete no local da picada.