O cantor sertanejo Gusttavo Lima se defendeu publicamente durante uma live no Instagram nesta segunda-feira (30), após ser envolvido na Operação Integration, que investiga um esquema de movimentação ilegal de R$ 3 bilhões relacionados a jogos de azar on-line, ocultação de bens e lavagem de dinheiro. Durante a transmissão, que durou cerca de uma hora e contou com a presença de seu advogado, Cláudio Bessa, o artista afirmou: “Eu não sou bandido não” e declarou que todas as acusações são baseadas em “mentiras e suposições”.
Gusttavo Lima explicou que o corte de avião que usava, um Cessna Citation XLS, foi vendido e que ele já não tem controle sobre o bem. Ele também afirmou que não sabe quantos aviões já teve ao longo de sua vida e reforçou que a venda da aeronave foi realizada dentro dos trâmites legais. A aeronave, vendida pela sua empresa Balada Eventos, foi repassada a pessoas investigadas na operação, o que gerou suspeitas.
Além disso, o sertanejo esclareceu sua relação com a casa de apostas Vai de Bet, explicando que atua apenas como garoto-propaganda e não como sócio da empresa, apesar de ter direito a 25% em uma possível venda futura.
Durante a live, Gusttavo Lima elogiou o governo federal pela iniciativa de regulamentação dos jogos de apostas on-line, afirmando que sempre defendeu a educação financeira. Ele também aproveitou o momento para tranquilizar os fãs: “Com o bebê não tem conversa. Vocês podem ficar tranquilos, confiem em mim”, disse ele, sugerindo que a investigação seria resolvida em breve.
A live marcou a primeira vez que o cantor falou abertamente sobre as acusações, após ter sua prisão preventiva decretada e posteriormente revogada pela Justiça de Pernambuco. Mesmo diante do caso, Gusttavo continuou realizando shows, incluindo uma apresentação recente em Marabá (PA), onde fez um discurso sobre “honestidade” sem mencionar diretamente a investigação.
A Operação Integration, além de investigar o envolvimento de Gusttavo Lima, também prendeu a influenciadora digital Deolane Bezerra. O caso segue em sigilo, mas a Polícia Civil de Pernambuco sustenta que o cantor pode ser um dos líderes da organização investigada.