O governo de Israel declarou o secretário-geral da ONU, António Guterres, “persona non grata” e proibiu sua entrada no país, conforme anunciou o ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz. A decisão veio após Guterres ter feito declarações sobre os ataques do Hamas em outubro de 2023, afirmando que esses atos “não ocorreram no vácuo” e mencionando o impacto da ocupação israelense de territórios palestinos nos últimos 56 anos. Katz acusou Guterres de não condenar suficientemente os ataques do Hamas e de apoiar “terroristas” como o Hamas e o Hezbollah.
A posição de Guterres, que também enfatizou que as queixas palestinas não justificam os ataques do Hamas nem a “punição coletiva” dos palestinos, gerou intensa reação do governo israelense, que o considerou uma “mancha na história da ONU”. O episódio destaca as tensões crescentes entre Israel e a ONU em meio ao conflito em Gaza.
Em fevereiro de 2024, o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva foi igualmente considerado “persona non grata” por Israel após comparar os ataques de Israel à Faixa de Gaza ao genocídio promovido por Adolf Hitler contra os judeus na Segunda Guerra Mundial. As declarações de Lula geraram uma resposta imediata de Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, que convocou o embaixador brasileiro para uma reunião e criticou duramente as declarações.