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PF abre inquérito para investigar laudo usado por Pablo Marçal para acusar Boulos de uso de dr0gas
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Publicado em 07/10/2024

A Polícia Federal abriu um inquérito para investigar o uso de um laudo médico pelo ex-coach Pablo Marçal (PRTB), candidato à Prefeitura de São Paulo, em uma tentativa de acusar seu adversário, Guilherme Boulos (PSOL), de uso de dr0gas. Os peritos federais já analisam o documento divulgado por Marçal, que apresentou o suposto prontuário durante um podcast na última sexta-feira, 4.

 

O laudo, datado de 19 de janeiro de 2021, foi rapidamente contestado por Boulos, que negou sua autenticidade e compartilhou provas referentes à data mencionada. O candidato do PSOL anunciou que solicitará a prisão de Marçal e do proprietário da clínica responsável pela emissão do documento, a Mais Consultas.

 

 

A Justiça Eleitoral, por sua vez, reconheceu indícios de falsificação no documento. O juiz responsável pelo caso, Marco Antonio Martin Vargas, mencionou a “plausibilidade” das alegações da campanha de Boulos e apontou a proximidade de Marçal com o dono da clínica envolvida, além de inconsistências no laudo. Entre os erros apontados estão o RG incorreto de Boulos, frases mal construídas como “por minha atendido”, e a palavra “cocaína” grafada sem o devido acento.

 

O juiz também destacou que o documento foi assinado por um médico já falecido. Segundo Iolanda Rodrigues, ex-funcionária de José Roberto de Souza, médico responsável pelo laudo, a assinatura que consta no documento não é legítima. “Trabalhei 31 anos com o doutor José Roberto. Aquela assinatura não é dele”, afirmou ela ao jornal O Globo.

 

 

Outro personagem central no caso é Luiz Teixeira da Silva Junior, proprietário da clínica Mais Consultas. Ele já havia sido condenado em 2021 por usar documentos falsos para obter registro profissional como médico. O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) condenou Teixeira Júnior a 2 anos e quatro meses de prisão, pena que foi posteriormente convertida em restritiva de direitos.

 

 

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