A Polícia Civil de Goiás deflagrou, nesta quarta-feira (17/12), uma operação para prender um grupo suspeito de desviar cerca de R$ 10 milhões da saúde municipal de Goiânia. São alvos dos mandados de prisão temporária o ex-secretário de Saúde, Wilson Modesto Pollara; o ex-secretário executivo de Saúde, Quesede Ayres Henrique; o presidente e o procurador da Associação União Mais Saúde, Marcus Vinícius Brasil Lourenço e Wander de Almeida de Lourenço Filho, respectivamente, e a sócia-administradora da Mult Hosp Soluções Hospitalares, Veriddany Abrantes de Pina.
Durante a chamada Operação Speedy Cash, os citados acima também foram alguns dos 17 alvos de mandados de busca e apreensão. Os demais foram:
Letícia Maria Isaac Carneiro, Diretora de Políticas Públicas Municipais de Saúde;
Erika Cristina Vieira Oliveira Ximenes, superintendente de Regulação, Avaliação e Controle da Secretaria Municipal de Saúde;
Diogo Archanjo Fleury de Souza, Chefe da Advocacia Setorial da Secretaria Municipal de Saúde;
Caroline de Castro Daud, vice-presidente da União Mais Saúde;
Fabrício Brasil Lourenço, Conselheiro Administrativo da União Mais Saúde;
Lucas Luiz de Lima Silva, Eden Gomes Rodrigues e Juliana Menara de Souza Marques, Conselheiros Científicos da Associação Privada.
sedes da Associação União Mais Saúde, da empresa Mult Hosp Soluções Hospitalares, e na Secretaria Municipal de Saúde no Paço Municipal.
Como era o esquema de suposto desvio de R$ 10 milhões da Saúde de Goiânia
De acordo com a Polícia Civil, são apurados os crimes de peculato e associação criminosa supostamente praticados no âmbito do convênio n. 259/2024, celebrado entre o município de Goiânia, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, e a associação privada sem fins lucrativos União Mais Saúde, para aquisição de equipamentos, palestras e pesquisa.
Durante as apurações, foram identificados dois núcleos criminosos. Um deles composto por agentes públicos que teriam agido no âmbito da Secretaria Municipal de Saúde viabilizando a celebração do convênio e o suposto desvio de R$ 10 milhões. O outro seria composto por pessoas vinculadas à associação privada União Mais Saúde e à empresa Mult Hosp Soluções Hospitalares LTDA, supostamente responsáveis pela apropriação de quase R$ 10 milhões.
Em nota, a SMS disse que cumprirá com todas as determinações judiciais e colabora com o fornecimento de informações e documentos necessários para garantir que todos os procedimentos sejam devidamente esclarecidos. O Mais Goiás tenta contato com os demais citados. O espaço está aberto para manifestação.