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Saques da poupança somam R$ 15,47 bilhões a mais que depósitos em 2024
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Publicado em 08/01/2025

A poupança brasileira registrou um saldo negativo de R$ 15,47 bilhões em 2024, com saques superando os depósitos ao longo do ano, segundo dados divulgados nesta quarta-feira, 8, pelo Banco Central. Apesar do resultado ainda desfavorável, o montante representa uma melhora significativa em relação a 2023, quando o saldo negativo foi de R$ 87,82 bilhões em valores nominais (R$ 92,10 bilhões corrigidos pela inflação).

 

O resultado de 2024 foi o melhor para a poupança desde 2020, quando a entrada líquida somou R$ 166 bilhões (R$ 213,72 bilhões corrigidos).

 

 

No acumulado de 2024, os brasileiros retiraram R$ 4,212 trilhões da poupança, enquanto os depósitos totalizaram R$ 4,197 trilhões. Dezembro foi o destaque positivo, com captação líquida de R$ 4,96 bilhões, impulsionada pelo pagamento do 13º salário.

 

Em contrapartida, janeiro apresentou o pior desempenho do ano, com uma saída líquida de R$ 20,15 bilhões. Apenas quatro meses — março, maio, junho e dezembro — registraram saldo positivo, refletindo a dificuldade da poupança em competir com outros investimentos.

 

 

Desde 2021, a poupança acumula resultados negativos em razão da queda no poder de compra das famílias, agravada pela inflação elevada e pelos sucessivos aumentos da taxa Selic.

 

2022: Recorde negativo de R$ 103,24 bilhões em termos nominais (R$ 113,34 bilhões corrigidos pela inflação).

2023: Saldo negativo de R$ 87,82 bilhões (R$ 92,10 bilhões corrigidos).

2024: Saída líquida de R$ 15,47 bilhões, marcando o melhor desempenho desde 2020.

No auge da pandemia, em 2020, a poupança foi beneficiada por medidas emergenciais e acumulou uma entrada líquida histórica de R$ 166 bilhões (R$ 213,72 bilhões corrigidos).

 

 

Com a Selic mantida em 12,25% ao ano, a remuneração da poupança — que combina uma taxa fixa de 0,5% ao mês mais a Taxa Referencial (TR) — continua menos competitiva em relação a outros investimentos de renda fixa, como títulos públicos e CDBs.

 

A regra atual da poupança, implementada em 2021, limita o retorno a 70% da Selic mais a TR quando a taxa básica de juros está igual ou abaixo de 8,5% ao ano, o que reduz ainda mais sua atratividade em cenários de juros baixos.

 

 

No final de 2024, o estoque da poupança alcançou R$ 1,03 trilhão, uma alta em relação aos R$ 1,02 trilhão de novembro e aos R$ 983 bilhões registrados no fim de 2023.

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