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Desaprovação ao governo Lula atinge maior índice do mandato, aponta pesquisa AtlasIntel
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Publicado em 10/01/2025

A desaprovação ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) alcançou 49,8%, o maior índice de seu mandato, de acordo com pesquisa divulgada nesta sexta-feira (10) pela AtlasIntel para a Bloomberg. O levantamento mostra uma alta de 2,5 pontos percentuais na avaliação negativa em dezembro, comparado ao mês anterior.

 

“A desaprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva atingiu o nível mais alto de seu mandato em dezembro, devido à crescente frustração com a política econômica”, destacou a análise do estudo.

 

 

Os números indicam uma inversão de tendências ao longo dos últimos meses. Em novembro, desaprovação e aprovação estavam empatadas em 47,3%. Já em outubro, o cenário era mais favorável ao presidente, com 50,7% de aprovação contra 45,8% de desaprovação.

 

A pesquisa reflete o pessimismo em relação à economia brasileira e os desafios do governo em convencer a população e investidores sobre sua estratégia econômica. Segundo a Bloomberg, o aumento da dívida pública e o déficit fiscal têm gerado preocupações. Apesar de dois anos de crescimento econômico sólido e taxas de desemprego historicamente baixas, os altos juros e a inflação pressionam os brasileiros.

 

 

 

Em questões específicas, o levantamento aponta as percepções negativas:

 

Avaliação geral do governo: 43% péssimo contra 31% ótimo;

Nível de impostos: 48% desaprovam, enquanto 21% aprovam;

Combate à inflação: 46% desaprovam contra 27% que aprovam.

O plano de corte de gastos, anunciado em novembro, contribuiu para o aumento da desaprovação, principalmente devido à inclusão de isenções no imposto de renda para trabalhadores de baixa renda. Embora populares entre a população, essas medidas foram vistas como insuficientes para mitigar os efeitos da austeridade. A Bloomberg apontou que “a liquidação resultante derrubou a moeda brasileira para uma baixa histórica em relação ao dólar, ameaçando novos aumentos de preços que já fizeram o Banco Central começar a aumentar as taxas de juros novamente”.

 

 

Ainda assim, 70% dos entrevistados expressaram apoio a cortes de gastos para fortalecer as finanças do país.

 

Integrantes do governo reconhecem a necessidade de aprimorar a comunicação com a sociedade. “Temos que nos comunicar melhor, e venho dizendo isso há muito tempo. O governo tem que ser coerente e resoluto, não podemos deixar brechas para os resultados que queremos atingir”, afirmou um ministro em entrevista à GloboNews.

 

 

Para Sidônio Palmeira, que assumiu recentemente a Secretaria de Comunicação, “a gestão, a expectativa e a perspectiva popular precisam se alinhar. Esse governo fez muito e essas coisas precisam chegar na ponta. Tem alguns problemas na comunicação, mas isso deve ser um esforço coletivo de todo o governo”.

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