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Banco Central terá que justificar inflação acima da meta em 2024
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Publicado em 10/01/2025

O Banco Central do Brasil, sob a presidência de Gabriel Galípolo, precisará justificar oficialmente o descumprimento da meta de inflação de 2024. A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) encerrou o ano com alta de 4,83%, acima do teto de 4,5% estipulado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

 

A carta explicativa será enviada nesta sexta-feira, 10, ao presidente do CMN e ministro da Fazenda, Fernando Haddad, responsável por definir as metas anuais de inflação. Galípolo, que assumiu a presidência do Banco Central no início de 2024, assinou o documento, conforme o protocolo do regime de metas de inflação adotado no Brasil desde 1999.

 

 

A meta central do IPCA era de 3% para 2024, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual (1,5% a 4,5%). O descumprimento já era amplamente esperado por agentes financeiros, uma vez que, em dezembro, o Banco Central admitiu uma probabilidade de 100% de a inflação superar o limite superior. Para 2025, a meta de inflação permanece em 3%, o que exigirá ajustes na política monetária.

 

Atualmente, a taxa básica de juros (Selic) está em 12,25% ao ano, mas projeções indicam que pode chegar a 14,25% até março, como parte do esforço para conter a alta de preços. Gabriel Galípolo, reconhecido por seu perfil técnico, tem defendido o endurecimento da política monetária como forma de consolidar sua credibilidade no comando do Banco Central.

 

 

Sua posição, no entanto, contrasta com as críticas feitas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e aliados da esquerda, que têm apontado os juros elevados como um entrave ao crescimento econômico, sem mencionar o impacto do descontrole fiscal.

 

O Banco Central já enfrentou situações semelhantes de descumprimento de metas, como em 2021 e 2022, quando a pandemia de covid-19 pressionou os preços. Gabriel Galípolo assumiu o cargo de diretor de Política Monetária em 2023 e, após ser aprovado pelo Senado, sucedeu Roberto Campos Neto em outubro de 2024.

 

 

Campos Neto, indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, atingiu a meta de inflação em metade dos anos de seu mandato. A carta a ser enviada por Galípolo é parte de um histórico de justificativas que reforça o compromisso institucional do Banco Central com a transparência e a estabilidade econômica.

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