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Trump critica excesso de taxas do Brasil e ameaça impor sanções comerciais
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Publicado em 28/01/2025

O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a criticar o Brasil nesta segunda-feira (27), durante um discurso na Flórida. Trump afirmou que o país, assim como outras nações do Sul Global, como Índia e China, aplica tarifas que prejudicam a economia norte-americana. Ele acusou esses países de “não quererem bem” aos EUA e prometeu retaliar com medidas protecionistas.

 

“Coloque tarifas em países e pessoas estrangeiras que realmente nos querem mal”, declarou o republicano. Ele reforçou que sua prioridade é colocar “a América em primeiro lugar” e afirmou que não permitirá que outros países continuem a impor taxas que, segundo ele, prejudicam a produção interna dos EUA.

 

 

Trump incluiu o Brasil entre os países que, de acordo com ele, aplicam tarifas excessivas sobre produtos americanos, impactando negativamente o comércio bilateral. A declaração faz eco a falas anteriores, quando o republicano já havia criticado o Brasil por adotar práticas que considera injustas. Em novembro de 2024, ele chegou a afirmar: “Se eles nos cobrarem muito, nós vamos cobrar a mesma coisa”.

 

Embora Trump não tenha detalhado quais produtos ou tarifas estavam sendo mencionados, a crítica se alinha à sua política protecionista, que busca equilibrar relações comerciais por meio da imposição de medidas retaliatórias, como aumento de tarifas sobre importações.

 

 

Trump também usou o discurso para criticar a Colômbia, com quem os EUA enfrentaram recentemente um atrito diplomático. O país sul-americano havia recusado voos com imigrantes deportados pelos Estados Unidos, levando Trump a ameaçar uma taxa de 25% sobre produtos colombianos. O impasse foi resolvido após o presidente Gustavo Petro aceitar os voos, fazendo Trump recuar da possível sanção.

 

Desde sua última campanha eleitoral, Trump tem reforçado sua defesa da produção interna norte-americana. Na semana passada, ele anunciou a possibilidade de uma taxa de 10% sobre importações chinesas a partir de 1º de fevereiro, como parte de sua estratégia de proteger a economia dos EUA de práticas comerciais que considera desleais.

 

 

As novas críticas ao Brasil elevam as tensões comerciais entre os dois países e colocam em evidência o impacto de medidas protecionistas. Analistas avaliam que, caso Trump retorne à presidência, o Brasil e outros países poderão enfrentar um cenário mais rígido nas relações comerciais com os Estados Unidos.

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