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Justiça Três juízes deixam gabinete de Moraes no STF em meio a caso de vazamentos, segundo Estadão
Por Silvio Cassiano - SiCa
Publicado em 03/04/2025 12:44
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De acordo com publicação do jornal Estadão, três magistrados deixaram o gabinete do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), entre janeiro e março deste ano — em meio à repercussão do escândalo envolvendo o vazamento de mensagens internas que sugerem a atuação fora do rito legal em decisões sensíveis.

 

Entre os que retornaram ao Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) está o desembargador Airton Vieira, juiz instrutor mais próximo de Moraes e citado em conversas com Eduardo Tagliaferro, ex-assessor da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do TSE. Áudios divulgados pela imprensa revelaram que Vieira e Tagliaferro compartilhavam informações sigilosas para embasar decisões do ministro, fora dos trâmites formais do tribunal.

 

 

A Polícia Federal indiciou Tagliaferro nesta quarta-feira, 2, por violação de sigilo funcional com prejuízo à administração pública. A investigação concluiu que ele repassou de forma intencional informações obtidas enquanto atuava no TSE, parte delas trocadas com Vieira.

 

Embora oficialmente as saídas dos juízes sejam atribuídas à expiração dos períodos de cessão — que, por regra do STF, são limitados a dois anos —, interlocutores do Supremo admitem que o momento das dispensas não passou despercebido, diante da crise causada pelas revelações.

 

 

Além de Vieira, deixaram a equipe os juízes auxiliares Rogério Marrone de Castro Sampaio e André Solomon Tudisco, também do TJSP. Sampaio atuava no gabinete desde 2018, e Tudisco, desde junho do ano passado.

 

O ministro Moraes não comentou oficialmente as mudanças. Um auxiliar confirmou ao Estadão que foi iniciado um processo seletivo para a recomposição da equipe. Moraes é o único ministro com autorização para manter quatro juízes de apoio em seu gabinete — três auxiliares e um instrutor. Os demais ministros do STF podem contar com até três magistrados assistentes.

 

 

As movimentações ocorrem em um momento de crescente pressão sobre o Supremo e sobre Moraes, diante de questionamentos à condução de inquéritos sensíveis e à relação do gabinete com estruturas de inteligência do TSE. 

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