O presidente da Assembleia Legislativa de Goiás, Bruno Peixoto (UB), afirmou à coluna Poder em Jogo que a base de apoio à pré-candidatura de Daniel Vilela (MDB) ao governo do Estado pode chegar a até 16 partidos. A projeção revela o esforço da base aliada em consolidar um arco amplo de alianças já no primeiro turno, com foco em atrair legendas de centro e direita que superaram a cláusula de barreira e têm tempo relevante de TV.
“Estamos projetando chegar com 16 partidos, entre aqueles com tempo de TV, que ultrapassaram a cláusula de barreira. Vamos trabalhar para formar a maior coligação, com o maior número de candidatos a deputado estadual e federal”, disse Bruno.
O recado político embutido é claro: o grupo governista quer repetir o modelo de frente ampla que sustentou a reeleição de Ronaldo Caiado (UB) em 2022 e garantir, já na largada, a musculatura política para tentar eleger Daniel no primeiro turno em 2026. A costura será feita com partidos que também estejam alinhados ao projeto nacional do governador, pré-candidato à Presidência da República.
Não está descartada composições com o PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e até mesmo aqueles que estão no campo progressista como o PSB, do deputado estadual Karlos Kabral que esteve presente no evento que marcou o lançamento da pré-candidatura de Caiado à presidência da República, na última sexta-feira (4), em Salvador (BA).
“Vamos dialogar, mas estamos trabalhando com partidos de centro e direita, esse é o primeiro diálogo. No decorrer do tempo, declarando apoio a Ronaldo Caiado, como nós dizemos: precisamos cuidar do país”, afirmou o presidente da Alego.
Peixoto também descartou a possibilidade de disputar o governo estadual ou de compor a chapa majoritária como vice. “Meu projeto é chegar à Câmara dos Deputados, ajudar na eleição de Ronaldo Caiado para presidente da República e reeleger Daniel Vilela no primeiro turno”, afirmou.
Daniel, por sua vez, tem evitado antecipar discussões sobre vice ou alianças fechadas, mas reconheceu ao Poder em Jogo que o caminho é a construção de uma base sólida. “Ainda é cedo, mas no tempo certo as coisas vão se afunilar para que todos caminhem no mesmo projeto. O diálogo será com partidos de centro-direita, alinhados com o projeto do governador Caiado”, disse o emedebista.
