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Bolsonaro se reúne com Hugo Motta para tratar do PL da Anistia
Por Silvio Cassiano - SiCa
Publicado em 11/04/2025 12:41
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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) intensificou sua articulação política em Brasília ao se reunir, nesta quarta-feira (9), com o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), para discutir o avanço do projeto de lei que concede anistia aos manifestantes presos pelos eventos de 8 de janeiro de 2023. A reunião, confirmada pela assessoria de Motta, teve como objetivo convencer o presidente da Casa a pautar o texto diretamente no plenário assim que o PL alcançar as 257 assinaturas necessárias — número que já está em 246, segundo o partido.

 

O projeto, que vem ganhando tração entre deputados da base conservadora, busca corrigir o que muitos veem como um tratamento desproporcional e politizado dado aos envolvidos nos atos. Para aliados de Bolsonaro, a anistia representa um gesto de pacificação nacional e de justiça para centenas de pessoas que, embora tenham cometido excessos, estão sendo tratadas como inimigos do Estado, muitas vezes sem a devida proporcionalidade nas penas.

 

 

Durante a reunião, Motta se manteve cauteloso e teria sinalizado a possibilidade de discutir o texto em uma comissão especial antes de levá-lo ao plenário. Ele também defende que o tema seja debatido com os demais Poderes, incluindo o Senado e o Executivo, além do Supremo Tribunal Federal — o principal responsável pelas condenações. Para aliados do presidente da Câmara, a postura reflete o desejo de construir um texto que tenha viabilidade política e respaldo institucional.

 

Bolsonaro, por sua vez, demonstrou confiança na força política da proposta. Em entrevista a um podcast na noite anterior, ele relembrou que Motta, desde sua campanha à presidência da Câmara, havia se comprometido a respeitar a vontade da maioria dos líderes partidários. “Se a gente conseguir assinatura, ele vai botar em votação, tenho certeza disso”, afirmou o ex-presidente.

 

A proposta de anistia não é vista apenas como um ato de clemência, mas como um passo necessário para a reconciliação e o reequilíbrio institucional. Para seus defensores, trata-se de reconhecer que o sistema judicial não pode operar como instrumento de vingança política — e que manter presos por longos períodos cidadãos sem antecedentes criminais, muitos sem envolvimento direto em atos violentos, é um erro que precisa ser corrigido.

 

 

Com a iminência das 257 assinaturas, a pressão aumenta sobre Hugo Motta, que terá de decidir entre manter o projeto em compasso de espera ou colocá-lo no centro do debate nacional. De qualquer forma, a movimentação já escancarou que o tema está longe de ser encerrado — e que a demanda por anistia, longe de arrefecer, está se tornando uma das bandeiras centrais da oposição e de parte considerável da população que considera os julgamentos do 8 de janeiro desproporcionais e politicamente motivados.

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