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Ministros do STF criticam fala de Gleisi Hoffmann e ministra pede “desculpas” pela fala mal colocada
Por Silvio Cassiano - SiCa
Publicado em 11/04/2025 13:34
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Uma declaração da ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, sobre a possibilidade de redução de penas para os condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023, provocou reações negativas entre ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). A fala, dada em entrevista na noite de quinta-feira (10), foi considerada “absurda” por integrantes da Corte, que viram na manifestação um risco ao equilíbrio entre os Poderes.

 

Durante a entrevista, Gleisi afirmou que a discussão sobre a diminuição das penas aplicadas a civis condenados pelos atos ocorridos em Brasília era “plenamente defensável” e poderia ser pautada pelo Congresso Nacional. A declaração, no entanto, foi recebida com forte desagrado por ministros do STF.

 

 

“Falar sobre anistia ou mediação de pena em relação a algumas pessoas do 8 de janeiro eu acho que é defensável do ponto de vista de alguns parlamentares”, afirmou Gleisi. “Acho que a gente até pode fazer essa discussão no Congresso.”

 

De acordo com informações de bastidores, pelo menos três ministros da Corte procuraram interlocutores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para manifestar sua insatisfação. Um dos magistrados chegou a classificar a fala de Gleisi como um “suicídio político” e alertou que o governo poderia ser responsabilizado por uma eventual derrota na tentativa de aprovar a anistia.

 

Diante da repercussão, auxiliares do presidente se mobilizaram para conter o desgaste. Afirmaram a ministros do STF que a declaração de Gleisi foi mal interpretada e reforçaram que Lula dificilmente apoiaria qualquer revisão de penas nos moldes sugeridos.

 

 

Na manhã desta sexta-feira (11), a ministra recuou: “O que eu quis dizer é que cabe ao Congresso fazer a mediação com o Judiciário das questões envolvendo o 8/1 dessas reclamações que parlamentares estão fazendo sobre penas elevadas. Conversar, sim, cabe ao Congresso. Mas revisar pena é Judiciário”, afirmou. “Não tem anistia nenhuma, como quer Bolsonaro.”

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