Um grupo de ciclistas encontrou uma ossada humana na manhã de domingo (13/4), durante uma trilha realizada na região da Serra das Areias, em Aparecida de Goiânia, na região metropolitana de Goiânia. A Polícia Civil de Goiás (PCGO) investiga o caso.
O grupo seguia por um dos caminhos de terra usados para trilha quando se deparou com restos mortais espalhados entre pedras e arbustos. Em vídeo gravado no local, é possível ouvir um dos homens comentando a descoberta: “Aí você vem pedalar aqui, na Serra das Areias. Você sempre ouve boatos. Aí você descobre por que a Serra das Areias tem a fama tão ruim.”
Em seguida, ele menciona que muitas pessoas confundem ossos humanos com ossos de animais e, ao filmar uma calça jeans ainda vestindo parte da ossada, acrescenta: “E aqueles ossos ali dentro da calça?”
A Polícia Militar de Goiás (PCGO), foi acionada e isolou a área para o trabalho da perícia. A Polícia Técnico-Científica realizou os primeiros levantamentos no local A ossada foi recolhida para exames detalhados. A identidade da vítima só poderá ser confirmada após a finalização do laudo.
A Polícia Civil informou que um inquérito será aberto para apurar o caso. As circunstâncias da morte e o tempo em que o corpo estava no local ainda são desconhecidos.
Má reputação da Serra das Areias
A chacina de 2013
Dois casos de grande repercussão aconteceram no local, um deles foi uma chacina que aconteceu em 2013, quando quatro adolescentes — Neylor Henrique Gomes Carneiro, de 18 anos, Denis Pereira dos Santos, de 16, Daniele Gomes da Silva e Raissa de Souza Ferreira, ambas de 15 — foram sequestrados e assassinados. Três das vítimas tiveram os corpos carbonizados na Serra das Areias.
No dia do crime, por volta das 10h30, Thaygo e outros partícipes foram até a casa de Raissa e pediram que ela revelasse onde Neylor morava. Ela estava com a amiga Daniele. As duas foram forçadas a entrar no carro do autor.
Ao encontrarem Neylor no endereço indicado, ele e Denis também foram levados. O grupo seguiu, então, para a Serra das Areias. Segundo os autos, Neylor, Raissa e Daniele foram assassinados com tiros na cabeça no local, enquanto Denis foi executado em um ponto mais distante.
Sequestro, tortura e corpo encontrado com um tiro na cabeça em 2017
Em outro caso, em 2017, o jovem Maciel Batista de Oliveira foi encontrado morto após uma abordagem de guardas municipais da Romu. Segundo as investigações, ele teria sido extorquido antes de desaparecer. Na época, 11 guardas municipais foram investigados por homicídio, tortura e extorsão mediante sequestro. O crime ocorreu em outubro daquele ano.
De acordo com as apurações da Polícia Civil na época, um grupo de amigos tomava banho em um córrego no Jardim Tiradentes quando as viaturas chegaram, em busca de pessoas com antecedentes criminais.
Foi identificado que a vítima tinha passagem por tráfico de drogas. Maciel então foi questionado sobre onde estavam as armas e entorpecentes, os quais negou possuir. Em seguida, os guardas teriam exigido R$ 10 mil para liberá-lo. O jovem alegou ter apenas R$ 2 mil e foi colocado em uma viatura.
Seu corpo foi encontrado no dia seguinte, com um tiro na cabeça.
