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Bolsonaro pode ter bens bloqueados após admitir que financia permanência de Eduardo nos EUA
Por Silvio Cassiano - SiCa
Publicado em 28/05/2025 14:33
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A possibilidade de bloqueio de bens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a acirrar os ânimos entre defensores e críticos do ex-mandatário, após declarações públicas em que ele admite bancar despesas do filho Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos Estados Unidos. A fala gerou reação imediata no Supremo Tribunal Federal (STF), que vê nas ações do deputado um possível esforço de obstrução de investigações em curso e tentativa de coação a autoridades do Judiciário.

 

Segundo o ex-ministro do Turismo Gilson Machado, Bolsonaro já utilizou cerca de R$ 8 milhões dos R$ 17 milhões arrecadados em uma campanha de doações lançada após deixar o Planalto. Parte significativa desses recursos teria sido destinada a Eduardo, que está nos EUA articulando com aliados do presidente americano Donald Trump sanções contra o ministro do STF Alexandre de Moraes — magistrado central nas investigações contra o clã Bolsonaro.

 

 

“Ele [Eduardo] está sem salário e fazendo um trabalho de interlocução com autoridades no exterior. Se não fosse o Pix, eu não teria como bancar essa despesa”, declarou Jair Bolsonaro, acrescentando que o objetivo da atuação internacional do filho é “garantir a democracia”.

 

As falas foram interpretadas por ministros do Supremo como uma admissão de que o ex-presidente financia diretamente ações que podem configurar crimes. As suspeitas incluem coação no curso de processo judicial, obstrução de investigações e tentativa de abolição do Estado democrático de Direito — acusações que pesam tanto sobre Eduardo quanto sobre o próprio Jair Bolsonaro.

 

Em manifestação enviada ao STF, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, pediu a abertura de inquérito contra o deputado e sugeriu que Bolsonaro também seja ouvido, já que seria “diretamente beneficiado” pelas ações do filho e se declarou responsável por sua manutenção fora do país.

 

 

O documento deixa em aberto a possibilidade de novas medidas cautelares, “sem embargo de outras, até de índole cautelar, que o desenvolvimento dos acontecimentos possa recomendar” — o que, segundo ministros ouvidos reservadamente, pode incluir eventual pedido de prisão preventiva.

 

Para aliados do ex-presidente, a reação do Judiciário é desproporcional e revela um viés persecutório. “Estão tratando uma ajuda financeira familiar como se fosse um financiamento de organização criminosa. É um exagero perigoso”, afirmou um parlamentar sob condição de anonimato.

 

 

Críticos apontam que o Supremo tem acumulado poderes sem freios efetivos, tornando-se parte ativa do cenário político e ampliando a percepção de que há uma perseguição institucionalizada contra figuras da direita.

 

Em entrevista nos EUA, Eduardo Bolsonaro comparou a situação de seu pai à de dissidentes em regimes autoritários. “Quando o pessoal sai de Cuba, da Venezuela, da Coreia do Norte, os ditadores vão atrás das famílias. É isso que está acontecendo”, disse.

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