O ex-governador e presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo acenou aos eleitores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao dar um “like” e elogiar o capitão no programa Papo Aberto, da TV Capital, nesta segunda-feira (2) e da mesma forma, manteve distância do eleitorado progressista ao “bloquear” o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). 

O programa foi conduzido pelo apresentador Dieyme Vasconcelos com participação de perguntas feitas pelo repórter de política do Mais Goiás, Domingos Ketelbey e Guilherme Coelho (Folha Z). Na reta final, o ex-governador foi provocado a opinar sobre figuras públicas que influenciam a política nacional. Ao justificar o bloqueio a Lula, Marconi reafirmou a postura histórica de enfrentamento do PSDB ao PT.

“O PSDB sempre foi oposição ao Lula desde 1989. O Lulopetismo prejudicou inclusive os nossos governos. Não votou a favor da Lei de Responsabilidade Fiscal, do Plano Real, dos medicamentos genéricos e desperdiça uma oportunidade de fazer pelo menos um bom plano econômico para o Brasil”, afirmou. “Vivemos uma situação de penúria na agenda fiscal. Temos um governo ruim e eu o bloqueio”, completou.

Na avaliação sobre Bolsonaro, o tucano adotou tom mais equilibrado. Disse que o ex-presidente cometeu erros durante a pandemia, mas reconheceu coragem e disposição de enfrentamento.

“Eu tenho algumas restrições com a atitude que ele tomou na pandemia. Ele cometeu equívocos sérios num momento em que morreram mais de 700 mil pessoas, embora ele tenha feito a parte dele em alguns aspectos”, ponderou. 

“Mas ele errou muito com a Comunicação, errou na relação com a Ciência, mas eu diria que ele tem seus acertos. Eu acho que eu vivi na pele muita perseguição. Tem muita coisa que ele errou como eu também já errei. Ninguém pode ser perseguido por coisas que às vezes nem fez. Acho que só pela coragem de não se omitir e continuar lutando, como eu continuo lutando, eu vou dar like.”