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Eike Batista apresenta ‘supercana’ em evento agro, em Goiânia
Por Silvio Cassiano - SiCa
Publicado em 17/06/2025 14:41
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Na manhã desta terça-feira (17), Eike Batista apresentou sua ‘supercana’ durante a AgroVem, em Goiânia. Presidente do grupo EBX, o empresário revelou 17 variedades da supercana, desenvolvidas ao longo de 20 anos de pesquisa, que “promete revolucionar o setor agro no Brasil”.

 

 

“Essa supercana foi desenvolvida nos últimos 20 anos. Hoje estamos prontos para, literalmente, trocar a cana plantada no Brasil por 17 superespécies. Supercanas que desenvolvemos e que serão plantadas desde o Nordeste até o Paraná, porque no Brasil a cana não nasce em todo lugar, né?”, disse Eike ao Mais Goiás.

 

Ainda segundo ele, a supercana é uma “provocação” aos empresários do agro e da mineração. “É para pensarem fora da caixa, pensar grande e sempre buscar eficiência. Jacaré que não presta atenção, vira bolsa Louis Vuitton. Isso vale para qualquer empresário que não esteja atento às inovações que estão vindo aí. Está acontecendo muita coisa e eu vou apresentar algumas dessas inovações aqui”, afirmou.

 

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Durante a AgroVem, além de mostrar a supercana, Eike Batista falou sobre projetos que já realizou e sobre os próximos passos. “Estou trazendo tecnologia e inovação que vão ajudar a fazer uma revolução na produtividade de tudo que se produz no agro.”

 

 

A aposta na supercana marca também o retorno definitivo do empresário aos negócios, após quase uma década longe dos holofotes. No fim de fevereiro, ele revelou ter garantido um investimento de US$ 500 milhões (cerca de R$ 2,95 bilhões) para o novo empreendimento.

 

O que é a “supercana”

O projeto tem como foco principal o uso da matéria-prima para a produção de combustível sustentável de aviação (SAF) e embalagens biodegradáveis, além de outros produtos sustentáveis.

 

Apesar da empolgação de Eike Batista, o anúncio da supercana foi visto com certa desconfiança por parte de nomes da indústria canavieira. Segundo matéria da BBC, publicada em abril deste ano, o setor já investiu em pesquisas semelhantes no passado e acabou abandonando parte dessas iniciativas por não serem consideradas economicamente viáveis.

 

 

Na última década, vários projetos ligados à chamada cana-energia foram deixados de lado pelos principais centros de pesquisa do país. Porém, Eike Batista garante que seu projeto é diferente.

 

Questionado sobre as desconfianças, ele rebate dizendo que a proposta da supercana não é gerar energia por queima, mas para fins “mais nobres”, como a fabricação de plástico biodegradável a partir do bagaço e de combustível sustentável de aviação.

 

“O etanol vai pro SAF, que eles querem colocar nos aviões da Emirates”, explicou, mencionando o fundo árabe Abu Dhabi Investment Group (Adig) como parceiro do projeto.

 

 

Atualmente, a supercana é cultivada experimentalmente em uma usina no interior de São Paulo, na cidade de Araras. O projeto-piloto deve começar ainda este ano, com o plantio de 50 hectares no norte do Rio de Janeiro, perto do Porto de Açu, onde também serão construídas três fábricas para processamento.

 

A expectativa é que as embalagens feitas a partir do bagaço da supercana comecem a ser produzidas em 2026, enquanto o SAF deve começar a ser fabricado em 2028. A meta dos gestores é atingir 70 mil hectares plantados até 2031.

 

Segundo Eike Batista, já há cooperativas interessadas em formar consórcios para trabalhar com a supercana.

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