Uma adolescente de 12 anos, Yara Melo Delfino, desapareceu no último domingo (6) após sair de casa em Santos, São Paulo. A mãe da menina, Maria Patrícia, contou que ela conversava com um homem que conheceu em um jogo online um dia antes do seu sumiço. “A gente suspeita que ela foi se encontrar com esse homem que ela ficava conversando no joguinho, ela tinha até o WhatsApp dele, só que eu ligo e ele me bloqueou, está dando caixa postal”, contou a mãe da adolescente.
Após dias do desaparecimento, a garota enviou um áudio para a mãe na quinta-feira (10), dizendo estar bem e que estava na casa de uma amiga, e retornaria dia 23. A família, no entanto, suspeita que ela esteja sendo coagida a mentir.
“Mãe, eu estou bem, tá? Não precisa se preocupar. Dia 23, eu estou em casa. Está tudo bem, eu estou numa casa de uma amiga, não precisa se preocupar. Eu não vou ter mais WhatsApp, vou desinstalar lá o WhatsApp. Ah, e o menino acabou de me ligar aqui, ficou me ligando a noite toda, perguntando onde eu estava, que você estava mandando mensagem para ele. Ele está aqui, ó, mandando eu ir para casa. É só que eu não quero. Dia 23, eu estou em casa, mãe. Não precisa se preocupar, tua filha está bem, tá bom?”
Investigação
Segundo o delegado responsável pelo caso, Thiago Nemi Bonametti, titular da 3ª Delegacia de Polícia de Investigação sobre Homicídios, Yara estava morando há 15 dias com a mãe, que tem guarda compartilhada com a avó. Segundo ele, o fato da adolescente ter saído de casa pode indicar problemas familiares que precisam ser resolvidos.
Os policiais estão tentando confirmar se a menor teria entrado espontaneamente em um veículo após sair de casa. Para a investigação, ainda não está confirmada a informação de que Yara conheceu o rapaz por meio do jogo online. “A mãe fala isso, né? Mas a gente não tem certeza porque ela já tinha o WhatsApp do contato dele como ‘amorzinho’. A gente não sabe exatamente como eles se conheceram, até porque a gente não tem o telefone dela para ver, nem ela para confirmar isso”, disse o delegado.
A tia de Yara entrou em contato com o homem com quem a menina conversava e fingiu ser uma amiga da menina. Nas conversas, ele negou ter informações sobre o paradeiro da menor. As conversas foram apresentadas à Polícia Civil durante o registro do boletim de ocorrência no 2º Distrito Policial de Santos, onde o caso é investigado como desaparecimento de pessoa.
