
(Via Extra) Uma campanha de financiamento coletivo alega ter arrecadado US$ 40 milhões (cerca de R$ 224 milhões) como forma de recompensa pelo “assassinato de Donald Trump”. A iniciativa foi ligada a um ex-funcionário da principal rede de propaganda do Irã e é organizada por um grupo conhecido como Blood Covenant.
O pedido de doações foi feito após vários clérigos iranianos radicais emitirem fatwas, ou sentenças de morte, contra Trump, denunciando-o como “inimigo de Alá” após o bombardeio militar americano de três instalações nucleares de Teerã no mês passado.
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O Blood Covenant opera “sob a égide do regime iraniano”, de acordo com o think tank americano Middle East Media Research Institute (MEMRI). A entidade afirma que o Blood Covenant costuma citar um versículo do Alcorão que exige que os muçulmanos “lutem com suas riquezas e suas vidas pela causa de Alá”.
“Prometemos conceder o prêmio a quem puder levar os militantes e aqueles que ameaçam a vida do intermediário do imã Mahdi (que nossas almas sejam sacrificadas por ele) à justiça por suas ações”, escreveu o Blood Covenant em seu site. De acordo com a crença xiita, Mahdi surgirá no fim dos tempos para estabelecer a paz e a justiça e redimir o Islã.
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“Este é um chamado à jihad, convidando os fiéis a doarem seu dinheiro e sacrificarem suas vidas, conferindo legitimidade religiosa ao assassinato de Trump”, afirmou o MEMRI em uma análise da campanha de arrecadação de fundos.
“O fato de esses apelos para assassinar Trump virem de cima e ecoarem nas ruas e em todos os setores da sociedade, inclusive na mídia iraniana, reflete um amplo consenso religioso e do regime, fortalecido pela ênfase reiterada na recompensa que qualquer um que executar a punição contra Trump pode esperar receber: além dos US$ 40 milhões, também o Paraíso e o status de defensor do Islã”, acrescentou instituto.
