O agora ex-ministro da Justiça e da Segurança Pública Sergio Moro pediu demissão do cargo. A decisão de deixar o governo de Jair Bolsonaro foi oficializada em pronunciamento realizado na manhã desta sexta-feira (24). A saída de Moro ocorreu após a exoneração do diretor da Polícia Federal, Maurício Valeixo.
Sérgio Moro lamentou a realização da coletiva. “Estamos passando por uma pandemia. Busquei evitar que isso acontecesse. Foi inevitável. Peço a compreensão pela circunstância”. Moro reclamou que haveria uma violação no que foi prometido a ele, de que haveria “carta branca” no Ministério da Justiça.
“No fim de 2018, recebi convite de Bolsonaro, recém-eleito. Fui convidado a ser ministro da Justiça e Segurança Pública. Combinamos teríamos o compromisso com o combate à corrupção, crime organizado e criminalidade violenta. Foi-me prometido carta branca para nomear todos os assessores como a PRF e a PF”.
Elogios ao PT
Durante o pronunciamento, Sergio Moro afirmou que o governo de Dilma Rousseff manteve a autonomia da Policia Federal durante as investigações.
“Foi garantida a autonomia da Polícia Federal durante as investigações. O governo da época [Dilma Rousseff, PT] tinha inúmeros defeitos, crimes de corrupção, mas foi fundamental a manutenção da autonomia da PF para que fosse realizado o trabalho”, destacou.
Moro argumentou que desde 2014, na Lava Jato, sempre teve preocupação com a interferência do Executivo na investigação, como na troca de diretor-geral e troca de superintendente.
Samuel straioto
Do Mais Goiás | Em: 24/04/2020 às 11:46:07