“Falava-se em interferência minha: se eu posso trocar o ministro, porque não posso trocar o diretor?”, afirmou Jair Bolsonaro em coletiva na tarde desta sexta-feira (24), após as acusações do ex-ministro Sergio Moro, nesta manhã. “Não tenho que pedir autorização para ninguém [para trocar]. Nem o diretor, nem qualquer outro na pirâmide hierárquica do Poder Executivo.” O presidente declarou, ainda, que o ex-magistrado disse que Maurício Valeixo só poderia ser trocado em novembro, depois que ele fosse indicado ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo Bolsonaro, na conversa de quinta-feira (23), citada por Moro, inclusive,
ele disse que queria um relatório diário do que aconteceu, mas nunca pediu andamento de qualquer processo. Além disso, ele afirmou que o ex-juiz e o diretor sabiam da exoneração. Jair informou ter dito que pediu um delegado, que pudesse interagir com ele. “Interajo com qualquer um. Sempre procuro um ministro, mas em necessidade falo com o primeiro escalão daquele ministro.”
“Sabia que não seria fácil. Uma coisa é admirar uma pessoa. Outra é conviver, trabalhar com ela”, disse Bolsonaro, que afirmou ter conversado com parlamentares, nesta manhã, e informado que eles conheceriam uma pessoa “que tem compromisso consigo próprio, com seu próprio ego e não pelo Brasil”.
Francisco Costa
Do Mais Goiás | Em: 24/04/2020 às 17:40:28