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Congelamento de salários de servidores marca debate entre Bolsonaro e governadores
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Publicado em 21/05/2020

 O presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido), ministros e os presidentes da Câmara e do Senado, Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre (ambos do DEM), participaram de videoconferência com governadores na manhã desta quinta-feira (21). Bolsonaro se comprometeu a sancionar o projeto de ajuda a estados e municípios “o mais rápido possível”. Governadores e os representantes do Congresso Nacional pediram ao presidente para congelar os reajustes de salários dos servidores públicos até o final de 2021.

Durante a tramitação do projeto, o Congresso modificou o texto, retirando a obrigatoriedade de manter o congelamento, não sendo permitido reajuste a servidores no período da pandemia. O Programa Federativo de Enfrentamento ao Coronavírus, prestará auxílio financeiro de R$ 125 bilhões a estados e municípios.

“Nesse momento difícil que o trabalhador enfrenta – alguns perderam empregos, outros tendo salário reduzido; informais foram duramente atingidos -[é importante] buscar maneiras de, ao restringirmos alguma coisa até 31 de dezembro do ano que vem – isso tem a ver com servidor público da União, Estados e municípios – [para que] nós possamos vencer essa crise”, afirmou o presidente.

 

A reunião começou por volta das 10h10 horas e se resumiu a discussões sobre e acerca do socorro financeiro aos estados e municípios.

“Nós temos responsabilidade com 210 milhões de brasileiros. Após essa pandemia o nosso país terá muito mais desigualdade. Essa diferença nas classes sociais se ampliará. A gente precisa ter responsabilidade e compromisso público”, disse o presidente do Senado Davi Alcolumbre.

Veja vídeo da reunião:

 

O governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja, em nome de todos os gestores estaduais, pediu que caso o projeto seja sancionado, que a primeira parcela seja paga ainda em maio.

Azambuja declarou que os governadores apoiarão Bolsonaro no veto aos reajustes de servidores. “Entendemos e sabemos que o senhor está sofrendo pressões, nós todos nos estados estamos sofrendo pressões também com esses pontos, mas acho que é momento da unidade nacional”, declarou Azambuja.O apoio ao veto foi reforçado, em seguida, pelo governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB) e por Eduardo Leite (PSDB), governador do Rio Grande do Sul (RS). O último governador a se pronunciar na reunião foi João Dória Jr. (PSDB-SP), que, em tom amistoso, se posicionou a favor dos vetos.GoiásGoiás receberá uma parcela pequena do pacote criado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, para socorrer os Estados durante a pandemia de coronavírus: R$ 952 milhões, de um total de R$ 60 bilhões. Em termos percentuais, o valor representa 1,58% do montante geral.Entre os municípios que serão alvos dos maiores repasses estão Goiânia, que pode receber R$ 188,790 milhões; Aparecida, R$ 71.996 milhões; Anápolis, R$ 48,180 milhões; Rio Verde, R$ 29,343 milhões; Valparaíso, R$ 29,343 milhões e Luziânia R$ 25,937 milhões.

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