A arquidiocese de Goiânia, por meio do arcebispo Dom Washington Cruz e do chanceler Dom Levi Bonatto, revogou temporariamente o uso de ordens do padre Robson de Oliveira no território da arquidiocese, em nota assinada, neste domingo (23). Na prática, ele fica impedido de administrar o santo batismo, assistir matrimônios, pregar a Palavra de Deus, servir a comunidade, enfim, realizar missas.
Na sexta-feira (21), o padre já havia pedido afastamento de suas funções no Santuário Basílica do Divino Pai Eterno e na Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe). O religioso e a Afipe são investigados pela Operação Vendilhões, deflagrada no mesmo dia, por suposta apropriação indébita, lavagem de dinheiro, falsificação de documentos e sonegação fiscal. Robson presidia a associação.
O documento considera “a necessidade de prevenir escândalos, garantir o curso da justiça e tutelar a fé, bem como investigar as acusações realizadas contra o padre Robson”. Pedro Paulo de Medeiros, advogado de Padre Robson, diz que ainda não teve acesso ao documento.
Atualização
A defesa do Padre Robson enviou, às 20h15, a seguinte nota, ao Mais Goiás:
“O padre Robson recebe com humildade a revogação temporária do uso de ordens. Trata-se de um procedimento previsto no direito canônico. O ato reforça o pedido de afastamento da presidência da Associação Filhos do Pai Eterno e das suas funções no Santuário Basílica do Divino Pai Eterno, em Trindade, que partiu do religioso, comunicado à Arquidiocese de Goiânia ainda na sexta-feira, 21. O maior interessado no esclarecimento de todas as questões e na total transparência de todas as suas ações é o próprio padre Robson.”
Francisco Costa
Do Mais Goiás | Em: 23/08/2020 às 19:55:34