Um baile de forró foi encerrado pela Vigilância Sanitária de Anápolis (Anvisa) no último domingo (14). De acordo com a fiscalização, que compõe ações da prefeitura da cidade, cerca de 300 pessoas, na maioria idosos, estavam no local. O flagrante ocorreu na região da Vila Jaiara, quando, em patrulha, agentes desconfiaram de uma grande movimentação de pessoas.
“Estranhamos a circulação e o tamanho da estrutura, que não comporta a quantidade de pessoas presentes. Nosso decreto permite eventos de até 250 pessoas, mas desde que um indivíduo esteja a quatro metros quadrados do outro. Lá, isso não era respeitado”, observa o gerente da Anvisa Gúbio Pereira.
Ele pontua que os presentes não faziam uso de máscara e, ao que tudo indica, o local funciona com frequência. “Esse caso nos chamou muito a atenção por se tratarem de pessoas que deveriam ter o máximo de cuidado e por fazerem parte do grupo de risco e que têm representado a maior taxa de mortos pela doença”, afirma.
Clandestinidade
A casa foi interditada e um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) foi lavrado. Desde o início da pandemia, Anápolis se destaca como palco de festas clandestinas. Gúbio afirma que, infelizmente, a quantidade de denúncias sobre as aglomerações não caíram.
“A gente nota que isso é um subterfúgio para pessoas que não aderem à atual situação de jeito nenhum. Os organizadores estão tendo um cuidado maior de divulgação desse eventos já que a gente sabe disso através de denúncias”, relata.
Gúbio ressalta a importância das pessoas terem mais cuidado com a doença. “Parece que as pessoas perderam o medo. Já estamos vacinando, mas é um público diferente. A doença está presente e o estado já atingiu índices preocupantes de internações. Anápolis não está nessa situação, mas sabemos que as consequências podem atingir a cidade. Por isso é importante se cuidar”, destaca.
Joao Paulo Alexandre
Do Mais Goiás