Os três jovens suspeitos do estupro coletivo e assassinato de uma adolescente de 16 anos se tornaram réus na quinta-feira (12). O crime aconteceu no dia 14 de abril deste ano, durante uma festa em Aparecida, na Região Metropolitana de Goiânia. Após ser morta, o corpo da vítima foi levado ao parque Serra das Areias. Ela teve as partes íntimas queimadas. Os acusados cumprem pena em prisão preventiva.
Na denúncia do Ministério Público consta que a vítima foi à festa na casa de Dionathan Warley Junio dos Santos. No local, onde os quatro consumiriam bebidas alcoólicas e drogas, estavam também os outros dois denunciados, Diony Alves de Albuquerque e Igor Matheus Costa Rodrigues.
A garota disse que levaria outras amigas para se relacionarem com eles. Porém, como outras amigas não puderam ir ao local, ela acabou indo sozinha. Como não haviam outras mulheres, os três se uniram para estuprá-la. Depois do estupro, eles a estrangularam.
O crime de estupro coletivo
Ao Mais Goiás, o delegado Hudson Benedetti informou que, à época que o crime aconteceu, a menina havia dito para a mãe que iria sair para uma festa na noite do dia 13, mas não apareceu em casa na manhã do dia 14. Segundo a mãe aos investigadores, ela tinha como costume dormir na casa de amigas, por isso ela não recorreu à polícia e não registrou o caso como sendo desaparecimento.
Entretanto, no dia 14, ciclistas que passavam pela Serra das Areias encontraram o corpo da menina em chamas. A Polícia Civil foi acionada no local. Durante as investigações, através de exames, os agentes descobriram que a menina havia sido morta estrangulada e depois foi lavada ao parque para ser queimada. A maior parte das chamas estavam concentradas nas suas partes íntimas.
Hudson disse que a principal suspeita é de os três tenham cometido o estupro coletivo contra a vítima e, para despistar o crime, eles tenham ateado fogo na região íntima da menina após matá-la. O delegado ressalta que o trio está em prisão temporária até a tarde desta quinta-feira (5) e que vai solicitar ao Judiciária a prisão preventiva devido à periculosidade dos suspeitos.
Investigação do estupro coletivo em Aparecida
Hudson informou que, após descobrir a festa em que os quatro estavam, a polícia prendeu o primeiro suspeito, em junho. Assim que foi capturado, ele indicou um menor de idade como sendo o autor do crime. A polícia o interrogou e chegou a conclusão de que o crime não foi cometido pelo jovem, mas havia sido praticado junto com o preso e mais dois suspeitos, que já fazem uso de tornozeleira eletrônica e têm passagem por tráfico de drogas e por roubo.
Um deles (segundo investigado) foi preso em julho. Este confessou o ato sexual, mas disse que – como ele tinha uma relação amorosa com a vítima – foi consensual. Já o terceiro suspeito foi preso na quinta-feira (5) e disse que seu carro, supostamente usado para levar a menina já morta ao parque, havia sido vendido devido o medo da polícia estar atrás dele.
Os três, se condenados, responderão por feminicídio e ocultação de cadáver e por estupro coletivo.
Laylla Alves
Do Mais Goiás