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Dólar vai a R$ 5,66 com cenário político e risco fiscal no radar; Bolsa recua
Economia
Publicado em 29/10/2021

Os principais indicadores do mercado financeiro brasileiro operam no campo negativo nesta sexta-feira, 29, com o cenário político e o aumento do risco fiscal no radar dos investidores. Por volta das 12h, o dólar registrava alta de 0,33%, a R$ 5,644. O câmbio chegou a bater a máxima de R$ 5,663, enquanto a mínima não passou de R$ 5,617. A divisa norte-americana encerrou a véspera com avanço de 1,26%, a R$ 5,625. Seguindo o mau humor nos mercados internacionais, o Ibovespa, referência da Bolsa de Valores brasileira, operava com queda de 0,18%, aos 105.510 pontos. O pregão desta quinta-feira, 28, encerrou com queda de 0,62%, aos 105.704 pontos, o pior patamar de 2021 e o mais baixo desde novembro do ano passado.

 

O Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), formado por representantes das secretarias de Fazenda dos 26 Estados brasileiros e do Distrito Federal, aprovou nesta manhã o congelamento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) cobrado sobre os combustíveis por 90 dias. Segundo o Ministério da Economia, “o objetivo é colaborar com a manutenção dos preços nos valores vigentes em 1º de novembro de 2021 até 31 de janeiro de 2022”. A decisão tomada pelo colegiado em sua 339ª Reunião Extraordinária já estava sendo articulada pelo Fórum dos Governadores e visa conter a disparada dos preços dos combustíveis, um dos principais pontos de pressão para o aumento da inflação em 2021. Ainda em Brasília, o mercado acompanha as tratativas para aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios no Congresso. A medida, que abre espaço para R$ 83 bilhões no Orçamento de 2022, deveria ter sido votada nesta semana, mas foi adiada duas vezes. O presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL) fechou acordo com lideranças para colocar a medida em pauta na sessão da próxima quarta-feira, 3. Os impasses para votação da medida levou o governo a estudar a prorrogação do auxílio emergencial e declarar um novo estado de calamidade pública. O movimento, no entanto, é rechaçado pela equipe econômica. Também na véspera, o Ministério da Cidadania informou que começará a pagar o Auxílio Brasil, programa de distribuição de renda que substituirá o Bolsa Família, em novembro deste ano para cerca de 17 milhões de pessoas. Os beneficiários receberão pagamento com aumento de 20%, mas o valor mínimo de R$ 400 prometido pelo governo será pago apenas a partir de dezembro.

Por Jovem Pan

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