Casos de dengue notificados na primeira semana de 2022 superam os registros do mesmo período constatados nos últimos três anos. Nos primeiros sete dias de janeiro deste ano, foram 596 ocorrências. Já no mesmo período de 2021 foram 132 casos. Em 2020 e 2019, foram 261 e 273, respectivamente.
De acordo com o coordenador de vigilância ambiental de Aparecida, Iron Pereira o aumento de casos nas primeira semana de janeiro deste ano é reflexo da incidência da doença no último ano. “Em 2021, nós começamos a ter um pico de casos de dengue entre abril e maio. Agora, o reflexo desse aumento chegou nas primeiras semanas de janeiro de 2022”, afirmou.
Aparecida de Goiânia registrou total de 1360 notificações de dengue no município em 2022. Até agora, os bairros com maior incidência da doença foram Jardim Buriti Sereno (75), Jardim Tiradentes (62) e Parque das Nações (38).
Maior incidência de casos de dengue recaem sobre regiões com adensamento urbano, diz especialista
Iron Pereira explica ainda que a maior incidência de casos da doença nos bairros Buriti Sereno e Jardim Tiradentes se deve ao intenso adensamento urbano, que ocorre com maior concentração populacional nessas regiões.
“Esses locais são bairros adensados com população mais acentuada, o que facilita que a transmissão ocorra de maneira potencializada”, declarou.
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) investiga cinco óbitos deste ano suspeitos de terem sido causados pelo agravo da doença. Três mortes de 2021 também estão em investigação. O município registrou 8.470 casos de dengue confirmados no último ano.
Como ocorrem as notificações de dengue?
As notificações de dengue ocorrem quando algum paciente vai até uma unidade do Sistema Único de Saúde (SUS) e relata sintomas da doença. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), as confirmações de casos notificados são concedidas por critérios clínicos epidemiológicos e mais de 80% dos casos notificados são confirmados no município.
Conasems alerta para medidas de prevenção contra a dengue
O Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) alerta para a necessidade de medidas preventivas para evitar a reprodução do mosquito Aedes Aegypti, transmissor da dengue.
O Ministério da Saúde recomenda que a população realize frequentes varreduras em casa, para eliminar recipientes com água parada. Em menos de 15 minutos é possível realizar toda a higiene e limpeza necessárias para evitar que o mosquito se reproduza.
Outras medidas preventivas importantes é tapar os tonéis e caixas d’água, manter calhas sempre limpas, deixar garrafas e recipientes com a boca para baixo, limpar semanalmente ou preencher pratos de vasos de plantas com areia.
Além disso, deve-se manter lixeiras bem tampadas, ralos limpos e com aplicação de tela e manter lonas para materiais de construção e piscinas sempre esticadas para não acumular água.
O Conasems alerta ainda que quando o foco do mosquito da dengue é detectado e não pode ser eliminado pelos moradores ou pela população, como em terrenos baldios ou lixos acumulados na rua, a Secretaria Municipal de Saúde deve ser acionada para remoção desses possíveis criadouros.
