O filho de Valério Luiz, Valério Luiz Filho, esperava que Maurício Sampaio, um dos acusados da morte do pai dele, aparecesse com novo advogado para o julgamento, nesta segunda-feira (14). O tribunal do júri foi adiado, porque o defensor de Sampaio, Ney Moura Teles, renunciou à defesa.
Para Valério, a renúncia de Ney foi protelatória. Segundo ele, a intenção é ganhar mais uns dias. Destaca-se, o advogado de Sampaio disse ao Mais Goiás que apresentou a renúncia em 3 de março, diferente da fala do juiz Lourival Machado da Costa à imprensa, que falou em 11 de março. Segundo o defensor, ele deixou o caso por divergências com o cliente, mas não especificou. Além disso, afirmou ser uma decisão prevista em lei.
Já Valério acredita ter sido uma manobra – o que Ney nega. “É o que fizeram desde sempre. Tentam cavar nulidade, adiar… Mas deste vez, senti que tanto o juiz quanto o Ministério Público estão determinados que o júri ocorra com todos de uma vez só”, declarou.
Ele lembra que o juiz já marcou o novo julgamento para 2 de maio e que estipulou 10 dias para Maurício Sampaio apresentar outro advogado. Caso não o faça, a Justiça indicará um defensor público.
“Em entrevista à imprensa, fiz um apelo aos advogados dos outros réus que não incorram na mesma conduta, que do meu ponto de vista não é profissional. Inclusive, acredito que a OAB deve ficar atenta, pois essa postura é atentatória à advocacia e à Justiça”, pontuou e arrematou: “Nossa intenção é que não chegue a dez anos.”
Relembre o caso Valério Luiz
O crime ocorreu em julho de 2012. Segundo o Ministério Público, Valério foi morto em razão de críticas que teriam desagradado o empresário Maurício Sampaio, à época ligado à direção do Atlético Goianiense.
Os denunciados são: Ademá Figuerêdo Aguiar Filho, Djalma Gomes da Silva, Marcus Vinícius Pereira Xavier, Maurício Borges Sampaio e Urbano de Carvalho Malta.
Este é o segundo adiamento do julgamento. O primeiro ocorreu junho de 2020, em razão da pandemia.