Os ministros das Finanças da União Europeia (UE) concordaram nesta terça-feira (15) em subsidiar os preços dos combustíveis para cidadãos e oferecer apoio às empresas atingidas pelo aumento dos preços de energia resultante da guerra na Ucrânia, disse o ministro das Finanças francês, Bruno Le Maire.
“A estratégia é baseada em três aspectos-chave. Primeiro, o apoio a todas as famílias afetadas pela forte elevação dos preços dos combustíveis. Fizemos isso na França e muitos outros países europeus fizeram o mesmo, ou estão pensando em fazer isso”, afirmou Le Maire.
A segunda medida de apoio é a ajuda às empresas mais afetadas pela alta dos preços do gás, expostas à concorrência internacional ou ao mercado russo.
A terceira é a diversificação de fontes energéticas para tornar a UE independente da Rússia, a maior fornecedora de energia do bloco, responsável por 45% do gás usado, mais de um quarto do petróleo e metade do carvão.
O vice-presidente da Comissão Europeia, Valdis Dombrovskis, disse que os países da UE podem financiar esse investimento com empréstimos muito baratos disponíveis sob o fundo de recuperação do bloco que permanecem inexplorados.
O aumento do preço do petróleo e seu efeito no preço dos combustíveis e da energia tem provocado uma onda de medidas de contenção ao redor do mundo: governos estão cortando impostos da commodity em um momento em que a opinião pública se sensibilizava em relação ao uso de combustíveis fósseis, um dos responsáveis pela crise climática.
Embora a guerra na Ucrânia tenha agravado a situação, os cortes de impostos, assim como o aumento de preços, são anteriores.
No Brasil, membros do governo tentam chegar a um consenso sobre quais medidas complementares serão adotadas para conter a escalada de preços nas bombas.