Os deputados da base do governador Ronaldo Caiado (União Brasil) arquivaram a Comissão Parlamentar de Inquérito da Saúde em sessão realizada na quarta-feira (13), na Assembleia Legislativa de Goiás. O relatório final foi aprovado com apenas 15 dias de instalação das investigações.
O relatório final elaborado pelo deputado estadual Francisco Oliveira, do MDB, partido da base de Caiado, apontou que não houve favorecimento, má gestão, omissão de socorro, prevaricação, desobediência ou improbidade administrativa por parte dos gestores da Central de Regulação da Saúde de Goiás.
O documento, que tem 51 páginas, aponta ainda que todas as medidas possíveis foram tomadas na gestão do órgão. Além disso, as respostas oferecidas pela Secretaria de Estado da Saúde foram claras e apontou o que chamou de melhorias implementadas na pasta desde 2019.
O deputado Paulo Trabalho (PL), de oposição, tentou pedir vistas do relatório, que, não foram aceitas pelo presidente da CPI, deputado Talles Barreto (União Brasil). O parlamentar não conseguiu se conectar na reunião de forma remota. Assim, Talles afirmou que o colega deveria estar presente na sessão.
O relatório pelo arquivamento foi colocado em apreciação, recebendo três votos favoráveis, de Talles Barreto, Francisco Oliveira e Wilde Cambão, e voto contrário do Delegado Humberto Teófilo (Patriota).
É bom lembrar que tanto o relator, Francisco Oliveira, quanto o presidente, Talles Barreto, eram do PSDB e migraram para a base de Caiado no último ano.
Polêmicas
A CPI já nasceu em meio à polêmica, já que no momento em que foi instaurada, a pedido do deputado Delegado Humberto Teófilo, teve atos revogados pelo presidente da Assembleia, Lissauer Vieira (PSD), por falta de representatividade partidária na composição. Assim, a comissão foi reformulada com maioria da base.
Nesta semana, a CPI ficou paralisada após decisão da Justiça favorável a Humberto Teófilo, mas acabou derrubada no mesmo dia.